Desejos
Desejamos tanto, ou tanta coisa…
Desejamos por nós… e pelos outros… na proporção possível a cada um.
Desejamos fácil ou ardentemente as coisas mais fúteis como as essenciais.
O nosso discernimento, em relação à importância das coisas para nós, é uma enorme escala de valores que varia quase constantemente.
Porém, pode haver obsessões dedicadas a este ou àquele desejo em particular.
E as situações são quase sempre mais prejudiciais ao indivíduo do que construtivas.
Quando desejamos algo com empenho, esse algo chega a ser a ideia principal de um dia, de dia e noite, de vários dias ou de períodos alargados como a dedicação de anos ou parte da vida do indivíduo.
Se o desejo for sublime, então o período da vida a ele dedicado sublima-se também.
O problema é que a maior parte das vezes são desejos comezinhos e até desestruturantes dos valores da personalidade.
Daí o contributo que poderiam dar de positivo, transformar-se em desequilíbrio psíquico e noutras desordens mentais a cada dia mais funestas para a harmonia de uma personalidade saudável.
- Que dizer, então, da quantidade de comprimidos que as pessoas tomam para conseguir levar o seu dia-a-dia, com as responsabilidades que assumiram e lhes dão o pão para elas e família.
- Remédios, prostração física e mental, etc., são dramas da sociedade de hoje, quer o indivíduo seja sociável ou se isole, de modo imperceptível ou notório.
- Mas a medicina está aquém destas soluções, ou é impressão minha?
- A medicina e terapias não podem fazer mais que ajudar o indivíduo e isso pode ser o essencial como alternativa ao problema. Contudo é ele mesmo que deve arranjar as forças e a direcção correctas para gerir os seus conflitos e a sua vida. Deve ler literatura apropriada, aprender a conhecer-se e atender a si próprio com tempo dedicado a si e ao seu conhecimento íntimo.
- O que gostaria de ser?
- Ou como gostaria de ser e, afinal, como é realmente neste momento. O que desejaria para si e qual a diferença que encontra; depois deveria estabelecer as diferenças, arregaçar as mangas e atirar-se ao trabalho da recuperação de si mesmo por si próprio.
- Isso é fácil?
- Ninguém falou em facilidade, mas uma vez conseguido o objectivo, o equilíbrio instala-se e sente-se felicidade no íntimo do ser.
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Disse Mahatma Gandhi: Faça da sua vida o reflexo da sociedade que deseja !
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