Brincadeiras
- Se todos nos entreajudarmos vamos conseguir com certeza…
E todos deram as mãozitas e fizeram a rodinha do costume, cantarolando esta e outras canções, mais que sabidas e decoradas.
Decoradas a ponto de acordarem a cantar sozinhos.
Muitos, assim que acordavam, já davam pulos na cama enquanto os pais os iam vestindo, entre os pulos e os escorregas instantâneos pelo colchão e pela roupa da cama.
Viviam uma época feliz de suas vidas, da sua infância privilegiada.
Era Verão e o bom tempo reclamava brincadeiras ao ar livre.
- Ao ar livre? Hoje em dia essas brincadeiras não existem! Hoje são os jogos de consola e outros electrónicos do género – individuais e de jogar fechados em casa.
- É verdade, mas estes tinham outra sorte e outra iniciativa.
- Faziam desportos radicais para manter os valores de adrenalina?
- Não, brincavam simplesmente, como nós em criança.
- Na rua? Formando grupo nos becos sem saída?
- Que ideia! Pensa com simplicidade que, concordo, é mais difícil descortinar. Mas ainda existe e existirá sempre quem consiga passar entre os pingos da chuva sem se molhar.
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Disse Khalil Gibran: Protegei-me da sabedoria que não chora, da filosofia que não ri e da grandeza que não se inclina perante as crianças !
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