A antena
Uma antena enorme, em altura, paira na imensidão. Entre a terra e o céu sintoniza… sintoniza…
Sintoniza por cima do mar/oceano quase preto, de tão escuro.
Ela emerge dessa amálgama que ondula ao de leve.
É a amálgama dos pensamentos que forma uma camada – espessa e compacta camada – encimando o mundo em que o indivíduo vive e assimila a generalidade de valores.
E a antena ergue-se devagar, com firmeza apesar da altura… apesar da sua estrutura em linha estreita e vertical.
Ergue-se e pára. A seguir os céus tremem e a luminosidade fraca da noite ou da escuridão cede às luzes da aurora.
A aurora vem na sua grandeza. A partir do horizonte remoto ela vem iluminando tudo e chega à antena.
Ilumina-a também e a sua estrutura metálica brilha e faz uma bola na extremidade superior.
E começa a transmitir. Faz o noticiário entre o céu e a terra.
- Não é ao contrário, entre a terra e o céu?
- Não. A aurora chegou!
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