Caminhante
Luzes, energias e contrários. Tudo é assim na natureza e a dualidade actua como uma balança.
De permeio, uma sucessão de estados e nuances de pormenor.
Tudo é possível e escorregar em vez de progredir, também.
Sobrevêm as doenças e a falta de vontade para fazer o que é mais correcto.
E a escuridão encobre, então, os melhores dias.
Se, entretanto, se reforça a vontade e a tenacidade por aquilo que parece mais justo, vem - em sucedâneo - a luz e o colorido suave e brilhante em simultâneo.
É como os balões que se soltam nas festas - um enaltecer de felicidade e bem-estar, até quando não se está assim tão bem.
Tantos enganos, tantas ilusões enganosas, tantas verdades invisíveis.
É mesmo um estar só entre as gentes!
Tantos anos que, às vezes, se desperdiçam atrás de quimeras que não levam a nada.
Todos os dias são de aprendizagem para a serenidade de caminhar direito na dignidade da linha recta que faz a nossa estrada.
- Às vezes é um caminhar só, demasiado só.
- Nunca é, porque nunca estamos sós. Podemos é não ter ao lado quem gostaríamos. Mas para esses fica o nosso exemplo que, na hora justa, será lembrado e poderá ser o lampião que lhes ilumine, então, o novo caminho.
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