Mansos de coração
- Sabes aquele princípio, creio que taoísta – se não fizeres nada, tudo será feito?
- É equivalente ao de Jesus – aprendei de mim, que sou manso e humilde!
- Sim, sim! Pois esses princípios aniquilam o livre arbítrio, não achas?
- Não exactamente. Dizem que quando nascemos, nós próprios já escolhemos e acordámos não só a vida, como a morte dessa encarnação. Portanto, somos responsáveis pelo que nos sucede.
- Então…
- Espera um pouco… E mais ainda, o que nos sucede, de bom ou desagradável, mau ou infeliz, serve para adquirir ou alicerçar o nosso progresso espiritual. O que significa aceitar o que a vida tem para nós - mansamente. Agora, a cada momento, podemos desistir, acabrunharmo-nos, ou rebelarmo-nos, etc., numa incapacidade de reacção correcta. Ou, com calma e moderação, aceitar tanto o difícil como o fácil, tentando sempre ser o melhor possível para os que estão perto de nós e também para os que, porventura, pareçam provocar os problemas.
- Então…
- Então o livre-arbítrio está sempre presente – antes de viver como durante a vida que se desenvolve. A qualidade está em elevar as opiniões e sentimentos à condição de qualidades e virtudes por nós, pelos outros e pelo ambiente que nos rodeia.
- E damos ainda o exemplo, é isso?
- Pois, tudo isso pretende ser um progresso constante, sobretudo se o bom-senso ajudar.
- Adeus por hoje, porque tenho que apanhar esse autocarro que aí vem.
- Adeus.
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Disse André Luiz: Levante todos aqueles que estiverem caídos em seu redor. Você não sabe onde seus pés tropeçarão !
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