Sei lá
Quando ele passava, ficavam fitas de cores luminosas, na vertical, como que a subir do chão para o céu.
Não estavam pregadas ao chão, mas suspensas a pouco mais de um palmo.
Eram de várias cores, com predominância de azul, rosa e branco.
- Isso faz-me lembrar as roseiras que vi hoje, Eram lindas e estavam aparadas de modo a parecerem autênticos bouquets – ou em forma de chupa-chupa como dizem as crianças.
- Pois, mas aqui não são nem rosas nem roseiras. São o seu contorno, a sua sombra ou o seu rasto. E essa energia fica no ar, por onde passa, durante bastante tempo. É reconfortante e a natureza parece alinhar-se melhor à sua passagem. Até os bichinhos aparecem ao caminho. Mas ele não dá por nada…
- Pois eu só consigo pensar nas tais roseiras.
- E deixaste nelas algum traço da tua presença e dessa beleza que te contagiou?
- Sei lá!
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