O Sol ofusca a estas horas do meio-do-dia. Nem se consegue perceber onde está o caminho.
Geralmente segue-se pelo meio, esperando que seja assim o correcto.
No ar desenham-se personagens e cenas de banda desenhada.
Umas são cómicas, outras inaceitáveis.
Há ideias que não deveriam ser pensadas, nem sequer formuladas. Porque há o risco de se criar um ideário indesejável e que seja necessário estar sempre a afastar.
- Às vezes, as ideias parece que são plantadas e não se conseguem demover. Tornam-se fixas.
- Afastar – não será o termo, apesar de ser esse o resultado. A metodologia é, mais uma vez, a transferência do pensamento. Sempre, tentar focar a mente no que é mais positivo e construtivo. Mas também tens razão, às vezes aparecem ideias plantadas, ou semeadas e que deixámos, por incúria ou ignorância, que se fixem e desenvolvam até dar fruto. Quanto mais rápido se identificam e transferem para ideários paralelos e construtivos, mais fácil é enfrentar a vida e os significados que trazem para o nosso dia-a-dia.
.
.
.
Imagem retirada da net
.
.
Disse Luigi Pirandello: Assim como existem os filhos ilegítimos, existem também os pensamentos bastardos !
.
.
De artesaoocioso a 26 de Abril de 2009 às 00:52
Uma metáfora ao 25 de Abril?
Porque não.
Naquela época estive demasiado envolvido em vários acontecimentos. Agora, à distância, o fio dos acontecimentos fica mais claro.
O país atrasado que o 25 de Abril herdou não permitia que o seu programa pudesse ser cumprido.
Várias mudanças ficaram a meio caminho.
Cumprimentos
De
eva a 26 de Abril de 2009 às 11:35
O 25 de Abril teve, para todos nós, o mesmo efeito que o Concílio Vaticano II teve para os católicos: uma janela aberta em que uns glorificaram o ar fresco e saudável; outros se constiparam mas, mesmo assim, saudaram o ar renovado; e outros que culparam o ar fresco por todas as maleitas a seguir ocorridas.
Goste-se ou não, quando se mexe fortemente num dos pratos da balança, transcorre muito tempo até que se reequilibre.
O reequilíbrio também passa por nós, pelo que fazemos ou deixamos de fazer na nossa rua, no nosso bairro, na nossa freguesia.
Cumprimentos
De artesaoocioso a 27 de Abril de 2009 às 23:46
Durante pouco mais de três décadas tive participação cívica activa... sem exercer cargos públicos, quero dizer à borla.
Depois de reformado tentei uma participação mais suave mas pareceu-me que a sociedade já não precisava de mim.
Não é fácil para muita gente participar em qualquer coisa útil: em meados da década de oitenta alguns colegas meus tinham que apanhar três transportes públicos de casa para o emprego.
O meu blogue é, em certa medida, um reflexo distante daquilo que fiz, ou uma forma de não me sentir inútil enquanto transmito parte do que aprendi.
Cumprimentos
De
vanuza a 26 de Abril de 2009 às 06:04
Oi, Eva!
Também acredito na transmutação das idéias, e foi por essa razão que me dediquei a escrevê-las com outras vestimentas (contos, poesias, etc.).
Obrigada pelo perspicaz comentário e que o seu domingo trasncorra com muita positividade!
Beijos, amiga!!!
De
eva a 26 de Abril de 2009 às 11:42
Um bom fim-de-semana e boa semana também.
Obrigada!
Bjss
De
Vanuza a 28 de Abril de 2009 às 00:58
Nossa, Eva! Eu tava mal mesmo, cheguei a escrever a palavra TRANSCORRA erroneamente...minha amiga, sem querer trazer problemas pessoais até aqui, mas para me fazer entender mais um pouco, pois somos de carne e osso, tive por esses dias uma crise de sinusite muito forte: rosto e narinas doendo demais e sangrando. Confesso que nem pude me aprofundar muito nos elevados comentários que pude ler. Desculpe-me!
Vou jantar e descansar um pouco, hoje também o dia exigiu demais de mim.
Meu carinho!!!Bjss
De Çblue a 26 de Abril de 2009 às 08:40
Esperando, contudo que os pensamentos bastardos tenham tanta legitimidade como os filhos ilegítimos...
Ç paradoxal
De
eva a 26 de Abril de 2009 às 11:45
Nem sempre, Blue, nem sempre!
Se alguém força a entrada em tua casa, a entrada é legítima?
Ç de trancas à porta
De
eva a 26 de Abril de 2009 às 11:49
Na vertente dos filhos propriamente ditos, quem os fez não deixa de ser pai ou mãe. Os filhos não se impuseram a ninguém, vieram porque alguém os "chamou".
Ç maternal
Eva
As ideias que deixamos por incúria, tomar forma,
crescerem raízes e darem frutos, são muitas vezes ou sempre, as culpadas dos grandes males que
assolam a terra e afligem as nossas vidas.
Muito bom, o tema apresentado. Parabéns!
Maria Luísa
De
eva a 26 de Abril de 2009 às 11:55
Maria Luísa, obrigada pela visita e comentário. Acredito no poder das ideias e subscrevo a ideia da Noosfera.
Abraço
eva
Gostei da resposta! Obrigada.
Mª. Luísa
De curiosidadesdoplantaterra a 26 de Abril de 2009 às 13:25
Passei aqui para te desejar um ótimo domingo e deixar meus links Abraços Antonio M Matioli De São José dos Campos São Paulo Brasil
http://curiosidadesdoplantaterra.blogs.sapo.pt/
http://oblogdasnoticias.blogspot.com/
O que acho que nós blogueiros devemos um ajudar o outro
abraços
De Çblue a 26 de Abril de 2009 às 18:19
Certo.
Se calhar tive um pensamento bastardo ilegítimo.
Ç indubitável
Comentar post