Lágrimas
Mortes anunciadas – são muitas!
Umas vezes em sonhos, outras parecem uma certeza e não sabemos bem definir como se instalou essa ideia na nossa cabeça.
Os dias passam e achamos que foi só produto da nossa imaginação.
É mais fácil resolver tudo assim – imaginação.
- A impressão forte que tudo isso causa é devido a ser sobre a morte, não é?
- Algumas vezes, a morte – apesar de nunca ser indiferente – é quase como se o fosse, outras é uma saudade que tira a respiração. Deixa-nos o espanto de ver os dias sucederem-se como antes, de ver as pessoas habituais fazerem as coisas habituais sem perceberem que nós, não mais seremos os anteriores eus.
Mesmo sem calmantes, nem excesso de comprimidos de qualquer espécie, parece que planamos no dia-a-dia.
Planamos sobre o chão da própria casa, quando estamos a conversar ao lado da nossa família, no emprego, na rua, etc.
É um não distinguir bem onde estamos, nem onde vamos ou o que fazemos.
Como se o pensamento fugisse de nós ou tirasse férias.
Depois, um dia, tudo parece envolver-nos no ritmo certo e instala-se a saudade.
Uma saudade que chora sozinha e sem avisar – na rua, em casa, ao andar ou ao parar…
Nem sei se as lágrimas caem ou voam para o céu.
Só sei que essas lágrimas também correm por dentro, no coração, e custam a secar.
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Disse Leonardo da Vinci: Assim como um dia bem aproveitado proporciona um bom sono, uma vida bem vivida proporciona uma boa morte !
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