A persistência da memória
Ursinhos e desenhos infantis. São assim as coisas para bebés.
Cheias de bonecos alegres, sorridentes, às vezes com músicas suaves ou engraçadas e com toadas, ao mesmo tempo, dinâmicas.
Também se usam muito os sons de xilofone ou de harpa e essas melodias são lindas!
- Posso saber porque estás tão saudosa dessas coisas todas de bebés?
- Porque não entendo o que acontece a seguir?
- Então… a seguir crescem.
- Oh! Pois, isso é evidente. Quero dizer que não sei porque depois se usam, por exemplo, roupas tão escuras – os jovens até usam regularmente o preto. E a maioria das pessoas parece usar, a cada ano, roupas mais pesadas e escuras.
Quanto às músicas, passam para versos sem rima e, por vezes, sem música que se perceba mais que um ritmo.
E ouvem-se ritmos fortes que parecem batuques tribais e que podem ser misturados com sonoridades computorizadas.
- Resta então o jazz e melodias mais clássicas, temas de filmes, etc.
- Sim, mas desaparecem da vida quotidiana esses sininhos do xilofone e os toques alegres dessas músicas, tão saudosas.
- No Natal, algo lembra novamente essas musicalidades e tons alegres, agora para as festas.
- Sabes que mais? Gostaria que fosse sempre assim – cores alegres, rostos risonhos e a graça do carinho no ar. Nem percebo porque não pode ser assim.
- Hábitos, culturas e… lapsos de memória dessas doçuras.
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Disse Santo Agostinho: Encerro também na memória os afectos da minha alma !
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