05
Out08
Maria João Brito de Sousa # O Abraço
eva
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Ó lusitano mar de quem herdei
As veias dos poemas que te faço,
Eu venho-me entregar ao teu abraço
Pela mão de um soneto que criei!
E tu, em cujo seio eu engendrei
A voz que trará vida ao meu cansaço,
Repara nestas linhas que te traço
E aceita esta vida que te dei...
Eu sou quem te levou a outras raças,
Quem de ti fez cavalo que galopa,
Quem ouve esses segredos que revelas...
Eu sou a terra-mãe que tu abraças
No ponto mais Oeste da Europa,
A Nação que te encheu de caravelas!
As veias dos poemas que te faço,
Eu venho-me entregar ao teu abraço
Pela mão de um soneto que criei!
E tu, em cujo seio eu engendrei
A voz que trará vida ao meu cansaço,
Repara nestas linhas que te traço
E aceita esta vida que te dei...
Eu sou quem te levou a outras raças,
Quem de ti fez cavalo que galopa,
Quem ouve esses segredos que revelas...
Eu sou a terra-mãe que tu abraças
No ponto mais Oeste da Europa,
A Nação que te encheu de caravelas!
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Disse Fernando Pessoa: Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas de Portugal !
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