udo se movimenta

Tudo se altera

Tudo é sem ser

Mas o que há-de ser

Então

Porquê martirizar

O que apenas se é

Então

Porque não avançar

Olhando sempre o mais-além

Que nos permite superar o hoje

Pelo amanhã futuro

Então

Porque não viver em esperança

Tornada viva passada para além

Objetivando com lucidez o presente

No melhor dos futuros…

omos em roteiros

Mapas de vidas

Se acumulam

Em nossas mentes

Em infindáveis memórias.

Somos doutros mundos e deste

Sejamos em nós

Na unidade de ser

Senão outros eu’s emergem

E alteram a evolução

O progresso

Que fomos capazes de promover.

Sejamos em nós

Em roteiros cósmicos

Em equilíbrio e harmonia

Na unidade de ser.

qui somos

Estamos e vivemos

É aqui que somos chamados

A vivenciar em realidade

A ultrapassar essa mesma realidade

Na verdade mais além

Em sabedoria crística

Em dourada luz de ser

Afinal, a simplicidade

De ser em verdade

De si, do que somos

Estamos e vivemos.

- 

- 

- Ó que ‘tou aqui!

- Ahh, viva o relaxe!

- Ora, estava aqui mesmo a olhar p’ra mim!

- Certo, certo! Mas tens autorização para estar aqui?

- Nada, não! Mas também não está aqui ninguém p’ra pedir informação sequer. E quem quer – cuida!

- Bem, se não é teu…

- Mas também não sei de quem é, ora!

- Humm…

- Olha, também vou sentar um pouco, que estou cansada de tanto andar…

- Hei, saia daí! Não vê que é propriedade privada?! Faz favor de ir andando.

- Ok, ok. Não precisa abusar.

- Eu, abusar? Essa é boa! Vá andando, vá sem demora!

- Já fui, ora! Mas… onde ’tás?

- Estou aqui, bem a teu lado.

- Mas ele não se referiu a ti?

- Acho que não me viu… simplesmente isso…

- Mas como não te viu se és bem maior que eu?

- Terás que lhe perguntar.

- Eu? Não quero saber daquele ali, nem nada!

- Não queres saber da realidade de ti?

- Nada, não… achas?! Bom, amanhã, quando tiver mais disposição para isso. E p’ra onde vais tu?

- A teu lado, p’ra onde fores.

-  isso, tal qual!

- O quê?

- Isso! Põe aí as malas e vamos já de seguida nadar.

- Nem penses. Tenho frio só de pensar…

- Ora, ora!

- Eu fico e vou arranjando as minhas coisitas.

- Ok. A cada um o seu interesse!

…

- Cheguei! Humm… cheira bem!

- O jantar está na mesa. Achei que se calhar voltavas com fome…

- Sim, sem dúvida! Isto é um perfume bem-vindo, o cheiro de comida acabada de fazer junto com a minha fome,

- Tudo se conjuga ‘migo! Tudo é harmonia se quisermos ser úteis uns aos outros.

osas, cravos, jasmins

Jacintos, coroas reais

E tantas flores mais

É a Primavera que chega

É o esplendor da natureza

Que nos envia sua alegria.

Um agrado a cada dia

Uma mensagem de amor

É em cada flor

Que é deixada florir

Simplesmente.

Protegida na mãe planta

Que lhe dá o suco da vida

Amorosamente.

Observa então

As flores no seu mundo

E vive em alegria contemplativa

Em benevolência

Para os outros mundos…

Dias de Sol

Bom dia!

Dias de chuva

Bom dia!

Tudo é útil

Tudo é resultado de sementeira

Seja de legumes ou de procriação

Seja de emoções em pensamentos

Tudo é reversível

Do desequillíbrio à harmonia

Da doença à saúde de si

Tudo é útil

Dias de chuva ou Sol

Então - BOM DIA!

- iii! ‘Tou cheia de frio.

- E eu, e eu…

- A quem o dizes, ohhh!

- Ora, francamente, era só levantarem-se e fechar as janelas!

- Humm… mas era preciso levantar, ora!

- Sim, era preciso a decisão e a trabalheira de se levantarem… uff!

- Ok. Vamos melhorar o dia e vamos todos patinar.

- Isso!

- Mas para se divertirem já não se poupam a esforços?!

- Olha, pareces mais uma mãe que uma irmã mais velha, é o que é!

- Já nem digo nada, com o cansaço que me dão quando fico convosco…

- Achas que cansamos a mãe?

- Acho, mas também sei, e ela também sabe, que gostam muito dela…

- Ohh, sim! Sem dúvida que uma coisa não tem necessariamente a ver com a outra.

- Vá lá, vão. Divirtam-se! E… quando voltarem procurem ser mais ágeis…

- Adeeeuuuussss.

omos um povo soalheiro

Amamos os dias de Sol

Saímos animadamente

Esperando as chuvas passarem

Na esperança

Na certeza dos dias que virão

Soalheiros

Felizes de luz

Somos um povo soalheiro

E amamos os dias de Sol.

- stou com dor de cabeça. Acordei no meio do barulho de máquinas e manobras e obras, sei lá eu mais o quê!

- Queres dizer que acordaste no meio de ruídos em vez de musicalidades.

- Exatamente! Ruídos que incomodam muito nessa altura do dormir. Acordamos e parece que eles enchem por completo nossas cabeças…

- Sei o que é. Estão em obras ao pé de minha casa e até ao fim de semana trabalham. Nem queiras saber.

- Só conforta o facto de alguém ainda trabalhar em obras…

- Pois, pois, isso sim! Mas a cabeça…

- Durante o dia parece que nem consigo pensar corretamente.

- Sem dúvida que bons ambientes favorecem bons pensamentos.

- Pois, o resto é muito esforçado.

- Mas também se consegue… hummm… mesmo que dificilmente.

- Enfim, a vitória do nosso querer acima das vicissitudes ajuda a manter o equilíbrio satisfatório.

- Nem mais. E agora, que arranjamos a oportunidade, vamos silenciar a mente, que também ajuda…