- ueria ser feliz, sabes?

- E não o és porquê?

- Porque não tenho o que gostaria de ter.

- Ah! Pois eu sou!

- Tu?

- Exatamente.

- Mas…

- Sou feliz porque não quero ter nada de especial, mas dá jeito poder fazer a minha higiene de modo independente, mexer-me, comer quando tenho fome, beber água limpa sempre que tenho sede e vestir roupas que me refresquem ou agasalhem, conforme o tempo e a temperatura.

- Ahhh!

- E sou feliz porque me sinto melhor de saúde a cada dia que passa. O tratamento está a fazer bom efeito.

- Então?

- Então sou feliz, aqui e agora. Amanhã, logo se vê!

- Visto assim, sou felicíssima! E gostei muito desta nossa conversa.

m novo dia nasce

Outra esperança é sonhada

Um novo passo é dado em frente

Este é o caminho feliz

De quem se eleva, sublima

Pensar bem, agir bem

E outro dia vai nascer

Com todo o colorido

De um arco-íris de felicidade

A cada dia que nasce

Sê uno com o universo

E o universo estará em ti

A paz se estabelecerá

Em redor de ti.

osas, lírios… flores…

Beleza que surge

Ao olhar de quem pode

De quem vê

E quer observar.

Rosas, lírios… flores…

Colorido no caminho

No dia, no momento

Em que se vislumbram

Na observação de quem pode.

Rosas, lírios… flores…

Alegram a vista, o olfato

Elevam os pensamentos

Espairecem as reflexões

Na observação de quem pode.

Rosas, lírios… flores…

Estão aí para quem quiser

Para facilitar o entender

Doutro modo de viver

Rosas, lírios… flores…

ecidos são roupagens

Roupa de casa

Roupa de gente

Tecidos que tapam

Da vista as janelas

Da observação os corpos

Tecidos que protegem

Das intempéries

Casas e corpos

Tecidos são o que era pelagem

Tecidos

Que nos podem tecer

Ou proteger.

entes!

Não queres sentir

Preferes esquecer o sentir

E ficas hipnotizado

Na densidade material

Nas necessidades que aparecem

E que não são precisas

Para sentir.

Para transformar a vida simples

Em vida enriquecida

Com o teu sentir

Vivendo então

Uma vida sensitiva.

- r, sinto… sinto…

- Então, vamos, diga lá o que é…

- Olhe Dr… eu, quando estou só sinto como que… sinto…

- Quando está acompanhado não sente nada disso?

- Aí sinto diferente, olhe,  sinto…

- Pronto já entendi, tem aqui uns remédios para tomar e relaxe.

- Obrigado, obrigado Dr.

- As melhoras!

…

- Mas afinal o que é que tu sentes?

- Não sei dizer, mas olha que ele percebeu!

- Humm… Acho mais seguro aprenderes a analisar-te a ti primeiro e saberes explicar a ti e a quem tu achares o que te vai na alma. Tu és capaz, como todos somos. A questão é dedicares uns minutos que seja a ti mesmo, com critérios de observação. Verás que não és assim tão indecifrável como pensas.

- Pois…  pois…

qui estamos

Vivemos

Choramos, sorrimos

Entendemos

Percebemos?

Aqui estamos

Sobrevivemos

Tristezas, depressões

Reconversões, alegrias

Festas e passeios…

Aqui estamos

Vivendo

Conforme podemos

Aceitando

Cada dia como

Uma experiência, uma necessidade

De apuramento de nós

Em nós

E sempre mantendo

A Graça de nós.

- uidado!, pode cair e partir-se… Olhe que o melhor é dar espaço, senão o simples passar a correr derruba as coisas… Desculpe, mas não consegue ser menos precipitada?

- Hã? Eu estou no meu ritmo e ainda há quem se queixe que sou lenta!

- Pois eu não, até preferiria que a senhora se movimentasse muito, oh! mas muito mais devagar. Devagarzinho mesmo…

- Hã? Olha que isto! Há mesmo gostos para tudo!?

- Já agora, se puder, não diga - hã? a cada pergunta que lhe fazem. Poderia dizer, por exemplo, assim - poderia repetir se faz favor?

- Oh, Deus, onde vim parar?! Olhe que não seria mal lembrado se me deixasse trabalhar e nada de falatório que tanto me atrasa. Eu não estou aqui para falar bem, estou para trabalhar e até nada de diálogos, entende?

- Pronto, pronto, já não está aqui quem falou! Mas tenha cuidado com o que faz, ainda por cima se é só para isso que aqui está…

- Ai, que isto hoje não está fácil, não!

- Adeus!

- Ora, nem mais – adeus! (Ora, agora! Falar e fazer bem! – onde se viu isto?!!!)

qui estamos

Aqui vivemos

Aqui produzimos.

Dali viemos

Dali saímos

Dali nos libertamos.

Acolá será onde aportaremos

Acolá seremos nós

Na verdade do Bem

Acolá em felicidade

Nos reencontraremos.

 se ouves,

Que ouves tu?

E se vês,

Olhas ou observas?

Quando sentes,

São emoções suaves ou fortes?

São sentimentos?

Que sentes tu?

Se podes isto tudo,

Quem és tu?