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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

30
Abr11

Planos paralelos

eva

- ai com destino aonde?

- Sei lá, vou indo!

- Dá-me boleia?

- Nem pensar!

- Se não sabe para onde vai? Podemos perfeitamente ir juntos para aí, esse sítio.

- Que ideia maluca!

- Não incomodo nem nada e ainda podemos conversar.

- Adeus, já disse.

- Não é pródigo, é o que é.

- Ai, ai!

- Qual é o problema da boleia?

- Não dou boleias a quem não conheço.

- Pois se não as dá também não passa a conhecer.

- Nem quero conhecer, percebe? Não quero!

- Já que insiste!

- …

- Que foi, nunca viu?

- Alguém com aspecto cuidado e falando assim sozinho tanto tempo, sem auricular nem nada, não!

- Então não viu quem estava aqui?

- Aqui não estava nem está ninguém a não ser o senhor.

- Não viu o tipo a pedir-me boleia?

- Boleia de quê se o senhor está apeado?!

- Eu estou o quê? Ora essa, então não vê o meu carro ali?

- Ali é um jardim com relva e flores, acabadinho de arranjar.

- Então, onde estou?

- E sabe quem é?

- Mas…

- Vamos para dentro, bebe um café – ofereço eu – e telefonamos à sua família ou médico, que diz?

- Não digo mais nada.

 

29
Abr11

Nada, não!

eva

i, ai! Que frio!

Nada, não!

Hoje, que frio

Ontem, que calor

Amanhã, será algo novo?

Nada, não!

Que o vento uiva

Mas a brisa sopra

Há sempre um e o outro

Um e o contrário

Nada, não!

Ainda não percebeste

que são tudo miragens da unidade

Como as luzes coloridas

São projecções de luz branca

Como o ódio e indiferença

São variantes infelizes

de amor e serenidade

Nada, não!

Talvez, sim

Que tudo é um simplesmente.

 

28
Abr11

Nego

eva

ego

Nego tudo

Até mesmo que existo

Nego o que vejo e oiço

O que penso ou o que toco

Nego

Nego toda a desgraça

Nego a falta de esperança

A ilusão e toda a lógica

Nego

Nego que exista algo maior

Que tudo isto permita

Nego a falta de responsabilidade

De cada um em si mesmo

Nego

Nego a falta de amor e carinho

De bem-dizer e bem-fazer

Nego

A negação de todo bem

Porque há um novo Sol

A cada dia

Uma renovada oportunidade

Para não negar

E começar o aceitar.

 

27
Abr11

Alquimia do Universo

eva

á reparaste que os humanos aprenderam a cantar ao querer imitar os pássaros e
seus chilreios?

E que a maior parte dos empreendimentos do homem tem a mesma relação, isto é,
pretendem ser imitações do que já existia na natureza, noutros seres?

Ao querer voar, nadar e navegar para outras terras. Ao querer correr e saltar, etc.
etc.

Sim, pois, muitas das actividades têm a ver com a sobrevivência, é claro.

Mas também com a vontade de imitar e superar tudo o que vê.

Tal é causa do seu progresso, como também é causa do transtorno das guerras,
superioridades militares, etc.

Na procura de viver saudável inventa curas para as doenças e em simultâneo inventa
alimentos mais ou menos esquisitos.

O homem ainda hoje é um alquimista do universo.

O homem ainda hoje não percebeu que o ouro ou o cristal do alquimista é tão
apenas o dom de amar e de tudo alterar, promovendo o progresso e melhorando,
com o amor infinito, a sua própria paz e apaziguamento de pensares e atitudes.

O homem também há-de perceber como chegar a ser um homem em paz.

- Olha, vamos em paz beber um sumo, que estou cheia de sede. E vamos desfrutar da
boa paisagem que este país tem a cada recanto, a cada curva da estrada, a cada
esquina das casas. Gosto de aproveitar enquanto posso caminhar, ver, ouvir…

 

26
Abr11

Ser UM

eva

asseios lindos, fresquinhos apesar do calor ao Sol.

Assim, no meio das plantas e árvores da serra, sente-se a humidade que tudo vai refrescando.

Um agasalho suave ainda dá jeito, pois dá.

A serra é bela, parece um pedaço inteiro do planeta num quinhãozinho de terra. E também tem as águas dos regatos, rios, pequenos e grandes desníveis ou quedas, as paisagens a céu aberto, enfim a beleza do mundo.

Sobra a secura das areias, o mar até ao horizonte…

- Sobram também as desgraças, torturas, destruição e incompetência que vai sendo vivenciada pelo mundo em dramas e mais dramas.

- Há de tudo. Vivemos de tudo. Presenciamos e sentimo-nos impotentes para valer a tudo o que gostaríamos.

- Então saibamos velar pelos infelizes. Saibamos velar para nunca sermos os causadores da infelicidade doutrem.

Saibamos velar pela felicidade abrangente a todos como a nós mesmos.

Saibamos preservar o melhor dos mundos ainda neste mundo.

Saibamos reconhecer a nossa grandeza na pureza do que somos, o nosso querido berlinde azul no universo.

Saibamos ser UM.

 

25
Abr11

Eu sou-Tu és-Somos-Sois

eva

ra bem, eu-tu-ele-nós-vós-eles são pronomes, prenúncios das formas verbais que os seguem em tempos que indicam o passado afastado, o passado próximo, o presente, o condicional, o futuro próximo ou o futuro afastado.

- E para que serve isso tudo, não me dizes?

- Isto e muito mais serve para falar e escrever com correcção, para as pessoas em determinada região conviverem entendendo o que a de outra quer dizer.

- Isso até com gestos se sabe e a correcção não é necessária para nada. Basta que haja entendimento.

- Dizes bem, basta que. Mas do que falo não é do bastante, mas do melhor que se alcança. Estou a referir a optimização.

- É um modo de estar na vida. O meu é o do suficiente e seguir logo para a tarefa seguinte.

- Pois sim, do meu lado há vontade de perfeccionismo.

- Isso é estagnar e martelar sempre no mesmo.

- Não tem a ver com o estagnar, nem sequer com o demorar mais ou menos nas tarefas, mas tem a ver com o brio pessoal e a vontade de esmero em tudo o que se faz.

- Muito bem, falas de qualidade e eu falo de produção.

- E eu posso dizer que uma não invalida a outra. Acho e estou convencida que ambas as situações podem estar lado a lado sem qualquer problema e até gerando o sentimento de felicidade de modo mais ampliado.

- Isso é simplesmente sentir a satisfação do trabalho feito e concluído – o que é muito bom!

- Se é! Agora é só imaginares essa sensação acrescida doutra, a noção que esse mesmo trabalho além de concluído está óptimo.

- Humm… por mim prefiro ir festejar logo sem mais conversa. Vamos?

- Depende. Aonde, fazer o quê?

- Humm…

 

24
Abr11

Somos muitos

eva

al qual somos

Mais ninguém é

Somos únicos

Na individualidade do ser

Somos muitos

Em semelhança

Em diferenças

De pensares e atitudes

Somos muitos

E não somos nada

Nada do que seríamos

Se soubéssemos ser

Tudo o que poderíamos

Para isso há uma eternidade

Uma infinidade

Não apenas um momento

Se soubéssemos ser

Tudo o que poderíamos

Se soubéssemos ser

Tudo o que poderíamos ser.

 

23
Abr11

Governos

eva

overnos

De países

De si mesmo

De seus filhos e desvalidos

De seus bens

Governos

Desgovernados ou prósperos

Em tudo há governo

Mesmo que desgovernado

Governos

São vontade de progresso

Podem ser tolice e vaidade

São caminhos

De pregos ou seda

Governos

Primeiro de si mesmo

Em último os governos

Serão sempre de si mesmo.

 

22
Abr11

Desconcentração

eva

ste doce está divinal! Hás-de dar-me a receita.

Pois não sei fazer nada de cozinha, cozinhados, digo eu.

Nada, não! Sei, sei lavar a loiça e o chão.

Pois a limpeza na cozinha é fulcral!

Pois, pois, também nos wc’s. Mas estávamos a falar de cozinhas e assim fugimos do tema, desconcentramos.

Sim, sim, é verdade. Tenho problemas de atenção.

A minha atenção não dura mais que um instante e preciso aprender a focar-me nos assuntos.

Sim, é isso. Preciso atender à concentração, que está muito em baixo.

Sim, sim, pode dizer-se que está quase nula.

Isto é, consigo concentrar-me e muito mas em breve momento. A seguir vou parar a milhas do primeiro assunto e sem ter relação com ele de jeito.

Não, não estou a falar do meu namorado.

Mas o assunto era a receita do doce, não era?

Sabes que te digo? Tu estás pior que eu!

E eu pensava que era a única com este… humm… desarranjo mental.

Ahhh!

Olha, e afinal… o doce?

Já o comi, estava delicioso. Dás-me a receita?

 

22
Abr11

Bem hajam!

eva

Completados que são cinco anos desde o primeiro escrito neste blog, é com algum espanto que olho para trás e para os mais de 1700 posts que o Sapo me informa existirem em os “Escritos de Eva”. Ao longo deste tempo tenho recebido inúmeras provas de carinho que não sei retribuir como devido pois as minhas limitações informáticas não permitem grandes, nem sequer pequenas, habilidades. Este espaço não tem pretensões a ultrapassar o horizonte que o motivou: ser um diário de vida, de reflexão e uma espécie de caderno onde posso rever percursos que o tempo tende a esconder sob o musgo que os vai recobrindo. E ao longo desses percursos tenho-me cruzado com companhias diversas que, seguindo embora outros caminhos, acabam por ter partes comuns. Umas vezes trocamos um breve aceno, outras demoramo-nos um pouco mais. Por vezes passo dias, até semanas, sem visitar esses lugares amigos. Mas depois demoro-me a passear por lá, a ver as novas flores que foram plantadas e é cada agradável surpresa...

A todos o meu Muito Obrigada.

Não me sendo possível agradecer a todos os que me acompanham e visitam, não posso deixar de referir algumas amizades que, por razões que não cabem explicar aqui, me tocam mais de perto:

 

Blue  (Leve no blog Now)

 

Maria José Rijo

 

João Gonçalves (Origens)

 

Maria João (Poetaporkedeusker)

 

Vanuza Pantaleão

 

Atendendo às características deste blog, peço licença a estas particulares amizades para transferir para o “Caminhos” um pequeno testemunho da minha amizade e admiração através das suas palavras ou imagens.

Bem hajam!

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