A luz da consciência
alanço de um ano: quanta ternura demos de nós, quanta amargura sofremos em nós, quantas vicissitudes ultrapassámos, quantas… quantas…
Então foi um ano semelhante a outros tantos?
Foi um ano com mais expectativas que se realizaram?
Foi um ano sem expectativas e assim continuou até ao fim ou redundou em alegrias inesperadas?
- Tentar lembrar um ano é tarefa difícil!
- Não é nada, lembro perfeitamente tudo o que me marcou, e de que maneira – triste, arrebatadora das melhores emoções e esperanças.
- A questão é exactamente essa – a maioria precisa educar os seus pensares, ou os seus processos de pensamento.
- Lá vens tu!
- Porque porfias em pensamentos tristes com a maior constância, a ponto de tirar o apetite não só da comida, mas da vontade de viver? Porque não tentas, para variar que seja, repetir as sensações que tens quando observas algo belo, como a natureza em teu redor, os pássaros, as flores, o mar, a água, o calor, o céu azul, o Sol, a luz brilhante das estrelas no céu escuro, etc., com a mesma constância que dás aos teus pensamentos tristes? Pelo menos isso poderias tentar.
- E então?
- E então perceberias que a par das desgraças tens maravilhas em teu redor e que o teu pensamento está adoentado se vê precisamente as que lhe causam constrangimento, em vez de bem observar as que expandem a luz e a paz nos pensamentos mais íntimos.
- Mas qual luz, qual coisa?!
- A luz da consciência em superioridade à pouca luz de pensamentos malsãos, a luz das ideias renovadoras da mente e de todas as boas células. Ou ainda não sabes que todas as células têm inteligência por si e reagem em coordenação também inteligente e dirigida em círculos cada vez mais amplos de acção? Ainda não entendeste que em ti mesma tens a essência ou a pureza do ser que és? Ainda não percebeste as palavras santas: ao que tem mais lhe será dado e ao que não tem ainda mais lhe será tirado?
- Nunca gostei dessas!
- Pois o que tem poderá ver aumentado o seu poder material em qualquer das vertentes pelas quais pugne, mas ao que já não tem interesse pelas coisas materiais, àquele que já conseguiu ver além do que a simples vista alcança, àquele que vê com a sua consciência, a esse – todos os véus que ocultam e protegem a essência divina lhe serão levantados e poderá não só vislumbrar, mas observar em pormenor a grandiosidade da Luz, do Amor e sentir então Piedade por todos os que ainda causam sofrimento. Porque esse já está além do sofrimento carnal, esse já é luz e de nada mais precisa! Bom Ano 2011 para ti!
- Acho que entendi, hummm… BOM ANO! Achas que o meu grito chegou ao céu?
- Acho, porque bastava a ideia. Um abraço fraterno!