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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

30
Abr10

Espectáculo

eva

coração e a mente clamam por justiça!

- Credo! Para que é isso tudo? Clama por serenidade e paz, isso sim! Mas melhor é ainda não clamares por nada e fazer silêncio em ti com serenidade interior e exterior.

- Mas isso não é nada que se veja!

- Que os outros vejam, queres dizer. A ideia é trabalhares na tua personalidade sozinho contigo e sem fazer marketing disso ou espectáculo para ninguém.

- Mas… que fama ou dinheiro é que essa atitude faz, ou favorece?

- Não é para tal finalidade, mas para a felicidade do próprio. A felicidade é um estado no íntimo de cada um, estado que não se incomoda com o exterior e que nada pode desfazer, a não ser o desequilíbrio do próprio.

- Pois… mas este é um meio de vida, o meu trabalho, e por isso preparo-me cuidadosamente e faço espectáculos ao público. Não obrigo ninguém a ir, nem a pagar. Vai quem quer, e mais nada!

- Pelo menos poderias esclarecer os que ali vão…

- Poder poderia…

 

29
Abr10

Viagem

eva

   

esquerda. Agora… humm… à direita, acho eu. Olha que é melhor perguntares… pronto, sempre era à direita. Exactamente, é ali ao fundo e podes começar a procurar um lugar.

- Podes ficar sozinha? Se sim, aproveito e vou comprar o que preciso. Até logo, pelas quatro então.

- Que bom, já estava cansada de andar de um lado para o outro. Isto de procurar o que se precisa pode ser muito desgastante, sobretudo se tiver data e hora marcada.

- Se é! Estou cansadíssimo também e desejoso de fazer o caminho de volta.

- Vamos embora de volta à nossa família e casa.

- Humm… Mas a direcção não é esta! Por onde vamos?

- Isso pergunto eu, tu é que estás ao volante e, por mim, não faço a mínima ideia onde estamos.

- Devemos ter desviado do caminho algures lá atrás…

- Sem dúvida, porque num só dia não é possível tanta alteração na paisagem…

- Talvez sim, talvez não. Já olhaste para baixo?

- Para baixo? Mas se estávamos de carro como podemos estar num avião?

- Não me perguntes a mim, que eu não fiz nada para isto. Nem saberia como fazer. A não ser que tudo isto seja ilusão… humm… a dois? Vamos ver onde vamos dar e depois logo se vê o que poderemos fazer por nós mesmos…

- Pois, isso é muito importante, o que podemos fazer por nós mesmos.

- Às vezes é. Noutras, apenas podemos contar com a nossa fé e esperança.

- Tudo junto deve resultar melhor, não?

 

28
Abr10

Mudanças contínuas

eva

anto passado para esquecer. Tanto passado para lembrar com agrado. Tanto passado para resgatar e poder prosseguir livremente. Tanto passado para prosseguir em mudanças contínuas.

Todo um passado a enformar o presente. Todo o presente a enformar um futuro.

Tantos desacertos e tantas ajudas…

- O quê? Onde? Ah! Já estão à porta, já! Pronto! É só levar tudo o que já está embrulhado e encaixotado. O que não está é porque não pode estar.

- Isso! Vamos embora, que o Sol guarda-nos um refúgio no fim do arco-íris.

- Não é a história do pote de ouro?

- Não é bem isso. A tal riqueza em ouro é, simplesmente, a que construímos e levamos sempre connosco.

- Ou seja?

- A da nossa riqueza interior, a riqueza das nossas virtudes acumuladas. Delas são aquele brilho ofuscante da história.

- Ou seja, essa é outra das vertentes da história, porque deve prestar-se a muitas interpretações, não é?

- Tantas quantas as nossas possibilidades. A cada um a sua medida em cada instante e cada circunstância.

- Humm! Então é daí a frase – eu e a minha circunstância!

 

27
Abr10

Voar

eva

- ão sou daqui!

- Não faz mal, eu também não!

- Também gostas de viajar, da aventura de conhecer novos mundos?

- Não, nem por isso!

- Então que fazes aqui?

- Vivo e devo morrer aqui.

- ?? Essa é a sorte de todos nós!

- Nem todos, há os que se regeneram ou os que se vão renovando.

- Como as borboletas e os casulos?

- Mais ou menos à semelhança desses.

- E isso é bom?

- Exactamente não sei porque não sou borboleta, mas elas aparecem na Primavera completamente novas e conseguem renovar-se periodicamente.

- Elas parecem tão frágeis quão belas…

- A beleza puramente bela tem sempre essa aparência frágil. O que não quer dizer que o sejam realmente.

- Pois não, às vezes quer dizer transparência, simplesmente.

- Tal e qual!

 

26
Abr10

Que bom é...

eva

ue bom é ter companhia! Às vezes a solidão é atroz…

Assim a noite não é tão escura, nem o dia é tão longo.

Passo muito tempo sentado, vendo pelas janelas os outros de um lado para o outro… a vida a pulsar lá fora.

Que bom que estás aqui, que vens adormecer para o meu colo e me aqueces.

Que bom sentir o teu pêlo sedoso nas minhas mãos.

Que bom sentir que sou útil, que gostas que te faça festinhas, que te dê aquela comida que tanto gostas de lamber nos bigodes, mas que a mim cheira tão esquisito.

Que bom é sentir uma companhia que partilhe a minha casa, os meus momentos.

Que bom é falar contigo e apesar de não me responderes com palavras, acho que consigo perceber as tuas respostas de gato conhecedor dos assuntos que te falo.

Que bom é sentir este relacionar de vidas, este pulsar de vivências.

Que bom é ter uma companhia, preocuparmo-nos por outrem que não o próprio. Que bom é este doar de nós mesmos.

Que importa se não és pessoa. Essas não têm tempo para um velho como eu que já não tem capacidade para trabalhar, ou ser útil aos outros.

Que bom é olhar para os teus olhos meigos que nada pedem e que bom é deixares-te estar ao pé de mim.

Que bom é sentir a tua calma tão semelhante à minha quietude, por não me poder mexer como dantes.

Que bom é sentir que não empato o teu dia mas, pelo contrário, te ajudo a desfrutar as horas. Se calhar tanto como tu a mim.

Que bom partilhar sentimentos e emoções outra vez.

Sinto-me vivo, mas doutro modo, e vivo novamente para a vida!

 

25
Abr10

Primavera

eva

rer, crenças. Quereres, ambições. Isolamento, silêncios. Sociabilidade, risos.

Tudo isto são emoções, sentimentos e posturas do ser perante a vida, com os seus matizes de sofrimentos, desalentos e alegrias.

E o vosso trabalho será sobre esta temática.

Acham muito? Pois seleccionem ou expandam o tema conforme as vossas capacidades e inspirações.

Hã, sobre a Primavera? Não, essa não consta. É a mesma coisa? Então desenvolva essas semelhanças que encontra e cá estaremos para discutir o seu ponto de vista entre todos os que vierem.

Até para a semana.

- A que propósito vais ainda arranjar mais trabalho? Primavera! Que tem ela a ver?

- Não percebes? Ele falou da vida em todos nós. Todos temos aquelas reacções em menor ou maior grau de desenvolvimento.

- De prioridades, é o que queres dizer. Porque esse é o resumo, como o indivíduo aproveita a vida e escolhe – mesmo que sem a lucidez do consciente dessa escolha – o modo como vai usufruindo a vida que tem com as capacidades que vai adquirindo, ou perdendo, para sobreviver a cada dia, a cada complicação.

- E isso não é comparável com a Primavera e todas as mudanças que se vêem, a olho nu, neste ditoso tempo natural de renovação?

- Bem, é um modo de ver – que mais posso dizer?

- Podes começar por querer perceber se alguma vez compreendeste a Primavera em ti.

 

24
Abr10

Ambientes

eva

stamos na Primavera!

- E depois? Já viste o vento e a chuva que se faz sentir?

- Ohhh! E já viste os novos passaritos, as flores, o perfume cheio de variantes que se sente no ar?

- Não muito, não! Saio a correr e só volto de noite…

- E passas o dia…

- Encerrado num gabinete a trabalhar, sem janelas nem nada da natureza para admirar. Com os anos a passar em ambientes assim, acabamos por esquecer que existe um mundo inteiro lá fora para admirar… Esquecemos que existem passeios ao ar livre… água, simplesmente a água que pode aliviar a sede…

- Esquecemo-nos de nós mesmos e da nossa liberdade mental, ou de espírito.

- Esquecemos de nos oxigenar por dentro e por fora. Até carregamos, o mais possível, pensamentos e palavras desagradáveis.

- Pois, esse é um hábito triste, em vez de se cultivar o bom hábito de repetir assiduamente algo agradável pelos outros e por nós…

- Bem, às vezes sobrevivemos em ambientes mesmo desagradáveis, grosseiros e até agressivos…

- Seria melhor não os tornar mais agressivos ainda, porque tudo o que pensamos e fazemos é ampliado cosmicamente.

- Tens razão, mas nem sempre é fácil lidar com as contrariedades e, pior ainda, com as dificuldades.

- Talvez ajude o pensar que tudo o que damos volta a nós em qualquer altura ou, melhor, no momento justo.

- Falas do círculo de acções e energias!

 

23
Abr10

Diálogos de surdos

eva

- á percebeste a diferença entre o canto da casa, ou do quarto, e o canto de cantar?

- E tu já percebeste que eu já percebi?

- Desculpa! Às vezes parece que estamos perante diálogos de surdos, uns querem dizer uma coisa mas o que se entende é outra completamente diferente.

- Pois sim!

- Noto alguma descrença?

- Talvez!

- Ser descrente não ajuda à felicidade. Até porque muitas vezes interpretamos as coisas como nos parecem, naquela hora, e não como elas efectivamente são. Entender o alcance global delas também não nos é possível, por melhores intenções ou capacidades que se tenham. Há todo um conjunto, uma globalidade que escapa à capacidade humana. Somos um ponto no espaço e somos apenas um pontinho na grandeza do entendimento do que gostaríamos saber e conhecer.

- Porque achas que somos tão pouco?

- Basta observarmos as capacidades da natureza e observarmos também esta nossa incapacidade perante o Todo que se move, se transforma e evolui constantemente.

- Mas… E… Ora! Nós também evoluímos constantemente, a cada instante.

- Exactamente. Bem, por uma vez dizemos, ou pensamos, a mesma coisa.

 

22
Abr10

Modo de vida

eva

ravo! Bis! Então? Vão embora? Não, não! Mais uma! Mais u-m-a !!!!

- Tanta algazarra e nem sei para quê…

- Ora! São os entusiasmos de gente jovem.

- Os que dão tudo por tudo e por qualquer coisa que os anime?

- E não é disso que se vive? Não é dando tudo por tudo? Não é o que damos, a cada vez que nos preocupamos? Eles, pelo menos, dão pelo que gostam e não por aquilo que os preocupa.

- Ora pois! E por isso há os excessos e abusos e violências que há, logo de tenra idade.

- A violência sempre houve e, pior, geralmente é provocada e incentivada logo em casa desde crianças pequenas. Crescem aprendendo esse modo de vida.

- Isso não é desculpa, é apenas uma das razões, assim como os grupos com que se vão dando pela juventude fora é outra das razões.

- Não achas que os meios sociais com que convivem são razão suficiente para o descalabro moral em que vão vivendo?

- Acho que se verificam sempre excepções, pessoas que nunca se deixam manchar pelos que os rodeiam, se não os consideram dignos disso. Logo…

- Mas a maioria…

- A maioria deixa-se ir, é verdade. Mas seria melhor e mais oportuno dar a nossa atenção por aqueles que se distinguem e não por aqueles que dramatizam ainda mais a sua vida e a dos outros.

- Falar é fácil, não é?

 

21
Abr10

Livros novos

eva

mprestaram-me livros novos para me inteirar de novos assuntos, ou dos assuntos conhecidos de um modo novo.

São novidades, são.

De tudo, de tudo o que se vai fazendo por aí e de tudo o que se vai lendo. Umas coisas com interesse, outras com piada e outras sem nada de interessante a não ser esta conclusão, adaptada, do poeta – sei que não quero ir por aí!

Há de tudo neste mundo livreiro e como sempre é necessário escolher mas, para escolher, é necessário inteirar-se, entender.

A cultura e a sabedoria estão cada vez mais facilmente à mão, mas também cada vez mais exigentes. Hoje, com toda a facilidade se conhece isto e aquilo, e com toda a facilidade nos desembaraçamos do que não interessa.

O que talvez se tenha complicado é a selecção que se deve fazer em virtude da profusão de informação que vai havendo, em crescente dia-a-dia.

Enfim, a conjuntura cultural continua de vento em popa e nós? Também continuamos a todo o vapor?

- Olha, eu continuo! Aliás o vapor é tanto que nem vejo nada!

- ???

- Estou a sair de um banho turco, mas é evidente que por telemóvel não podias saber isso. Sabes que mais? Vou mandar-te uma foto, já já!

 

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