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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

31
Mar10

Casa-quarto

eva

recisamos de uma casa, mesmo sem saber exactamente onde ficar; mesmo sem saber, amanhã, em que lugar vamos trabalhar ou viver.

Uma casa, seja pequena ou grande, dá segurança – segurança e estabilidade. Além de já estar cansado de andar por aí, de terra em terra, como um caixeiro-viajante.

Eu, que nem tenho ensejos de mercar nada e só compro o essencial.

Gostaria, e muito, de ter uma casinha… um sítio para passear à volta, conhecer os vizinhos e dar os bons-dias a quem encontrasse.

Acho que estou cansado e gostaria de viver mais à-vontade.

Também percebo que hoje em dia acontece de tudo, desde roubos a tornados, cheias e sismos que tudo põem em derrocada.

Sei que a vida não é nada. Que hoje temos o que podemos e o amanhã talvez Deus o dê.

Mas continuo a pensar que gostaria de ter uma casinha onde me recolher todas as noites e em qualquer altura do dia, sem precisar de pedir licença para entrar, para ir buscar a minha roupa arrumada no roupeiro, ou para me lavar e vestir, ou para, finalmente, me deitar.

- Mas afinal, onde estás tu a morar? Pensei que era nesta cidade.

- E é, mas tenho apenas um quartinho alugado e quando me ausento alugam-no a outro e assim eu não tenho que pagar o aluguer no entretanto. Assim só pago quando, ou enquanto, habito.

- Tem lógica e é um esquema poupado.

- Pois é, mas… gostava de ter uma casinha para mim… e talvez formar uma família…

 

30
Mar10

O gosto de saber

eva

 timidez é falta de forças? Ou é cobardia? Ou será vaidade e arrogância?

Quantas camuflagens terá?

O tímido – quem é? – será o tema do vosso trabalho!

- Olha que é vontade de complicar! Então o tímido não será o que tem, ou sente, pouco-à-vontade com os outros?

- Bem, ainda não tinha visto isso pelos prismas que nos deram… mas será possível que seja por fraqueza física?

- Ou cobardia?

- Imagina o que se poderia dizer a propósito da timidez por vaidade…

- E vocês, já adiantaram o trabalho?

- Qual quê! Uma baralhada é o que temos!

- Vejamos pelo princípio: fraqueza física de forças que advém da falha de energia de pensamentos fortes, arreigados ou moralizados pelo próprio.

- Queres referir a falta de esperança e de fé em objectivos?

- Por exemplo! A seguir temos o sucedâneo óbvio – a cobardia como meio de esconder a falha de forças e direcção da pessoa.

- Agora, todos os cobardes são tímidos?

- Muitos serão, com certeza. E por último, temos os vaidosos e arrogantes que se podem mascarar de tímidos para melhor granjear a confiança de outrem.

- Mas timidez pode ser só e apenas falta de à-vontade ou, se quisermos, de habilidade em lidar com outros.

- Pois pode! Sobretudo se dedicarem as suas atenções para estudos e investigações que outros, a seu lado, não tenham interesse nem capacidade de discussão.

- Daquela discussão que traz a luz?

- Sim, da boa e enaltecedora discussão de um tema em grupo para depois concluirmos individualmente novidades a serem bem investigadas e úteis.

- O gosto de saber pelo saber, sendo o lucro o conhecimento pessoal que se adquire...

- Nem  mais!

 

29
Mar10

Há de tudo

eva

ono, sonhos. Sonhos atormentados. Sonhos felizes.

As nossas preocupações e os nossos anseios – tudo se confunde nos tempos de sono.

Há quem prepare meditações, regressões e futurologias individuais e de grupo.

Há quem queira ajudar. Há quem queira conhecer.

Há, também, quem queira lucrar o seu dia. Há quem queira bisbilhotar a sua vida, a dos seus amigos, o que há para além de…

Há quem queira divertir-se. Há quem queira ter passatempos interessantes. Há quem queira ter predominância sobre as pessoas em geral, ou as conhecidas, ou as aflitas e necessitadas.

Há de tudo!

Há capacidade para discernir! Porque mesmo no meio da dor mais profunda, a consciência íntima avisa e defende o ser.

Há capacidade para escolher o ambiente que se vai partilhar.

Mas, também há incapacidades, deficiências e alterações que obscurecem o entendimento e a lucidez.

Há que ter em conta que as deficiências físicas e mentais pertencem ao corpo e à pessoa, não exactamente ao espírito do ser.

Há que ter em conta que todas as situações são razoáveis porque têm uma razão para ser assim, naquela altura e daquele modo para tal indivíduo.

Há que ter em conta que tudo pode mudar com o instante de um clique.

Há que ter em conta a vontade de mudar e de escolher para que nível se decide mudar e que isto se reflecte no mais ínfimo movimento ou expressão.

Há que ter em conta que a intenção já é movimento do ser e que o sonho pode ser liberdade.

- E tu, sonhas sempre o mesmo?

 

28
Mar10

Asas douradas

eva

uando olhamos para trás, para a nossa infância, os tempos de escola e as escolas que frequentámos, a nossa família mais próxima, os amigos que fizemos e os que continuam a fazer parte do nosso grupo social, revemos o que já fizemos.

O que já fomos e o que somos hoje são termos de comparação que ora nos constrangem porque não conseguimos realizar nada que se veja sob um olhar mais atento, ora nos dão um certo orgulho pelo que conseguimos desenvolver.

Podemos observar também o que somos sob essa percepção do que conseguimos realizar e, em virtude disso, o que somos – arrogantes ou humildes, descontentes ou em paz com a vida e connosco…

A introspecção pode facilitar a compreensão de nós próprios e ultrapassar a tendência que temos, geralmente, para julgar mais os outros que a nós.

A extrospecção facilita a compreensão do que fazemos e do que poderíamos fazer por nós e pelos outros que nos rodeiam

Ambas as análises têm o seu valor que, como tudo, pode ser amesquinhado ou ampliado.

Temos tendência a ter em conta mais o momento presente que os alicerces do futuro. Porém, é nesses alicerces que deveríamos esforçar os nossos empreendimentos, desde que estejam relacionados com a realidade.

Não haja fantasias tais que sejam mais os impossíveis que os possíveis ou que conduzam mais directamente à depressão e ao desespero, do que ao esforço bem conseguido e construtivo.

Os sonhos têm asas douradas para a nossa resistência interior, mas temos que ter também a noção que, no presente, ainda são sonhos e, então, lutar para que eles se realizem, sempre que forem úteis a nós e à posteridade.

São os projectos virtuosos os que dão vigor às forças mentais e físicas.

 

27
Mar10

Tudo é possível

eva

odo o tempo em que nos conhecemos, somos tal qual nos observamos.

Vamos dirigindo as nossas acções perante os acontecimentos e a sua transformação, como por entre os pingos da chuva.

Vamo-nos orientando conforme o humor e conforme a moral que vai falando mais alto.

Vamo-nos transformando também, e enformando no que actualmente somos.

- Pára! Estou mais que confusa com esse somos–chuva‒acontecimentos… Assim não percebo nada. Mais terra-a-terra, por favor!

- Então, é isso tal e qual!

- Isso – o quê?

- Somos o que queremos ser!

- Não, não! Somos o que podemos ser, e tanto podemos piorar quanto melhorar. Quantos são alegres e felizes e seguidamente atravessam desilusões e amarguras a ponto de atingirem o nível de não suportar mais.

- Estás a falar de dramas?

- Não, estou a referir-me a dramalhões que só quem passa por eles poderá falar. Mas, geralmente, até a fala se torna difícil e, se o pensamento ainda está minimamente ok, o que se pretende é esquecer a situação mais grave e projectar uma fuga para conseguir intervalar as situações que daí podem advir e que terão que ser enfrentadas. Por isso - somos o que podemos ser, com o melhor de nós e todas as forças que conseguimos reunir!

- Mas tanto podemos estar negativos quanto a tudo, como melhorar a olhos vistos…

- Tudo é sempre possível através dos nossos criteriosos minutos, dias, décadas e tudo o que vamos vivendo. Já o poeta dizia que tudo é composto de mudança!

 

26
Mar10

Adeus... até depois

eva

- deus, adeus. Até à Páscoa!

- Até lá, então! Boa viagem!
- Adeusinho, até amanhã!
- Adeus, cumprimentos!
- Adeus, tenho que ir que são mais que horas de me pôr a caminho.
- Adeus!
Eis os costumes das pessoas. Vão usando palavras e expressões que pouco têm a ver com o significado de raiz do termo.
Adeus significa um grande afastamento entre pessoas. O até já ou até logo significam um afastamento relativo.
- Pois, mas toda a gente diz assim.
- E não está errado, mas também não está correcto. O que se nota é um índice de relaxe no uso de termos semelhantes, sem acuidade pelo seu significado. Isto sucede em qualquer linguagem e no linguajar referente. A questão que se põe é a falha de sentido do linguajar. Todos nos vamos acomodando a palavras semelhantes e refugiamos no entre aspas. Mas isso denota falta de vocabulário mais adequado, a não ser que tal se use de propósito e por uma razão específica, nomeadamente o querer provocar alguma aproximação e entendimento com pessoas de pouca instrução.
- Essa aproximação está errada?
- Pode ser, até, acertada. A questão aqui é de o sujeito perceber e conhecer a língua que fala e o que diz exactamente.
- Ora, mas isso requer concentração!
- Pois.
 
25
Mar10

As nossas dívidas

eva

oje é um dia feliz. Feliz porque se podem arrumar contas perdidas, perdidas e achadas mais os juros que fazem mossa nos orçamentos…

Feliz o dia em que se saldam dívidas, porque estas só fazem mal…
E quem pode dizer, actualmente, que não tem dívidas? Ou que não precisa de as fazer?
Todos nos vamos endividando, e pagando, e saldando para nos endividarmos outra vez mas, geralmente, por outros motivos.
E vivemos em exigências.
Exigências de pagamento. Exigências de saldo positivo.
Exigências de saúde para viver. Ou ir vivendo...
- Lembrei-me! Ir vivendo com a cabeça entre as orelhas – não é assim?
- Acho que sempre assim foi, em todas as civilizações de que há notícia. Vivemos em permanente desafio. Desafio entre nós e por nós.
- O curioso são as desculpas que damos para justificar tudo o que fazemos, como inevitável, necessário e até vital! E… como julgar? Todos nos vamos habituando a viver, ou a sobreviver, em determinado meio.
- O nosso caminho, o de todos, é sempre em frente – simplesmente, humildemente, moralmente.
- Apesar das curvas?
- As curvas são atrasos, simplesmente…
 
24
Mar10

Compromissos

eva

- ueria ir pescar contigo!

- E eu queria ir ao jardim, e aos baloiços e patins e…
- Diz-se andar de baloiço e patinar.
- E mais coisas, queria o dia todo contigo!
- Então e a pesca? Tu gostavas de ir pescar, porque já não vais? Eu queria ir contigo, também!
- Vamos combinar para este fim-de-semana. Levo-os a ambos, primeiro à pesca e depois ao jardim, enquanto a mãe trata da comida com o peixe – que dizem?
- Prometes? Não te esqueças que prometeste!
- Mãe, quando nos levas à praia com os amigos?
- Mas… está tanto frio!
- Frio? Nós vamos jogar e correr… bem, e tomamos banho a seguir para refrescar… mas sabe bem, e não nos constipamos nem nada. Vá lá!
- Não se constiparem é quase, quase, impossível… mas está bem, vamos combinar para o primeiro dia de Sol, ao fim de semana, porque durante os horários das aulas não dá.
- Prometes? Não te esqueças que prometeste!
- E vocês prometem portar-se bem? Tão bem quanto eu gostaria?
- Hum… prometemos!
- Não se esqueçam – todos – que uma promessa é um compromisso.
- Hum… pois!
- Pois!
- Certo!
 
23
Mar10

Perguntas

eva

 perfeição pode ser para nós, mortais?

Ou é tudo aparência?
Quem se pode intitular de perfeito?
E porquê esse desejo de perfeição?
Afinal, considerar-se perfeito é considerar o quê?
Qual o porquê dessa busca? Até parece a busca da esmeralda perdida ou da poção alquimista
Isto são sonhos da humanidade? Ou só teus?
Será que, no espaço, os pensamentos continuam a surgir assim?
Ou terão mais tino na sequência?
Quem somos? Que fazemos?
- Sempre o melhor de nós, claro!
- Achas que as questões estão ok?
- Acho e agora vai já embora senão perdes o transporte. Boa sorte! E só tens que saber responder às tuas próprias questões e explicá-las se, por acaso, ninguém souber responder.
- Hã?
- Pois. Exactamente!
 
22
Mar10

Tolerar a dúvida

eva

odos, mais ou menos, pelo mundo fora, tecemos ideias próprias sobre o valor da família, nas nossas relações e em relação a nós mesmos.

Se os ideais são conservadores surge um vazio difícil de suportar quando a família se desmorona ou se perde.
Se o relacionamento familiar for mais aberto e permitir a valorização de amigos, ou até de desconhecidos que, em ocasiões difíceis, tenham sido capazes de ajudar, então é possível viver de modo enriquecedor, até quando a solidão é muito sentida.
(- [ao telefone] Pois sim, vamos aí amanhã…)
……….. …………….
- Onde vais?
- Vou começar uma ronda pelos familiares e amigos e tentar ver a importância que têm na minha vida e o que estás para aí a dizer. 
- Hã… Mas…
- Não te preocupes porque nem sequer é muito dispendioso, pois moramos todos perto uns dos outros.
- Mas…
- Achas que leve prendinhas? Também poderia fazer uma reunião cá em casa ou dar uma festa – que dizes?
- Mas…
- Também posso tentar ficar isolada de todos, por uns dias, ou talvez apenas por umas horas, e ver se é suportável…
- …
- Então, não dizes nada?
- Bem, o que queria dizer-te é que está aqui uma pm para falar sobre assuntos passados. Daqueles a que não damos importância e, sem querer, magoamos outrora. Ou vice-versa, somos magoados e não entendemos essa realidade, vivendo num engano.
- E quem é, que não vejo ninguém?!
- É uma amiga tua falecida há muito, a F… – lembras-te? Então?! Desmaiaste? Ouves-me? A morte pode ser entendida como uma passagem para mundos em que as comunicações se fazem de outros modos e, por isso, podemos concluir os assuntos que ficaram estagnados ou incompletos. Os valores são mais subtis… Então? Senta-te ali e acalma-te. Não precisas concordar, basta que te permitas tolerar a dúvida destas situações.
- Já chegámos?
- Onde? Deixa lá, ainda não passamos a fronteira! Porque não te entreténs a ler? O tempo passará mais depressa…
- Oh! Acho que estava a lembrar conversas de há muitos anos. Daquelas que não damos importância quando acontecem e depois, sem razão aparente, lembramos…
 

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