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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

30
Jun09

Outras realidades

eva

Piscinas, divertimentos – Verão e férias.
- Férias para quem pode e onde é possível!
- Isso é verdade! A maior parte nem emprego tem, quanto mais férias.
- Olha, ali! É como se estivessem dentro de uma nuvem e as pessoas estão a ser consultadas e tratadas.
- Não vejo nada, excepto a névoa.
- Lá dentro funciona um hospital e as pessoas estão a ser tratadas, quer sejam coisas simples ou complicadas. Todas as situações são observadas com toda a atenção. Depois cada um segue em conformidade com o diagnóstico. Uns saem, outros ficam internados.
- Numa nuvem?
- É tal e qual como num hospital comum.
- Qual é a diferença, então, para estarem numa nuvem? É para simbolizar um sonho? É do atendimento dado a cada um?
- Bem, o atendimento é cuidado ao extremo e disse que parecia um hospital pelas semelhanças, mas… este não sei onde fica… algures por aí fora, no céu.
- Isso é um sonho teu?
- Não, nada disso. Tu nunca acreditas que as coisas que digo estão ali, mesmo por cima do portão; outras vezes estão à tua frente e não as vês.
- Vamos indo. Cruzamos agora, ufa! Mesmo a tempo.
- Boa tarde! Já podemos entrar? Cá estamos Dr. Ela continua na mesma, não perturba ninguém, mas vive noutro mundo com outras realidades. Se quer que lhe diga, com coisas melhores que as nossas, o que condiz com uma fuga à realidade difícil de todos os dias. Contudo, do modo como leva a vida, atrevo-me a dizer-lhe que já nem sei quem é que anda mais enganado – se ela, ou eu!
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Desenho de Mozart Couto
Imagem retirada da net

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Disse  Giovanni Pascoli:  O sonho é a infinita sombra da verdade !

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29
Jun09

Um infeliz

eva

- É um mísero que ali anda.
- É assim tão pobre?
- Não, é mísero porque nunca está feliz onde está. Quer sempre estar noutro lado qualquer e quando lá chega, daí a nada já quer ir fazer outra coisa noutro sítio.
- É um insatisfeito!
- Pois é isso mesmo.
- Talvez seja doença?
- Talvez, mas sempre foi assim desde novo. Nunca estava bem em sítio algum, a não ser que estivesse entretido a trabalhar. Até nas horas de dormir, acordava e queria levantar-se para ir ver o que havia na casa.
- Seria medo à mistura…
- Nunca se percebeu. Uma vez por outra gostava e apreciava estar uma hora, ou pouco mais, a conversar. Porém, se estivesse em movimento, mantinha a conversa horas e horas. Resumindo - tinha que estar entretido com várias coisas ao mesmo tempo para relaxar e descansar como os outros.
- Será, então, hiperactivo?
- Sei lá! Só sei que dá pena vê-lo sempre insatisfeito, faça-se o que lhe fizerem para lhe agradar. Às vezes, até pede para descansar e ficar só.
- Sabes o que isso é? É não ter paz interior – quando se tem paz ou se está em paz consigo, com os outros e com o que nos rodeia, todos somos felizes onde estamos e nada mais é necessário.
- Se calhar é isso, porque não parece sentir paz alguma, nem sequer o mais leve sossego.
- Então, o mísero é um infeliz.
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Imagem retirada da net

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Disse  Maria João Brito de Sousa:  A magia dos dias está nas maravilhas que eles nos podem trazer !

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28
Jun09

Olavo Bilac # Via-Láctea [XIII]

eva

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"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas”
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..

de Olavo Bilac
in "Olavo Bilac. Antologia: Poesias
"
 

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Disse  Olavo Bilac:  A Pátria não é a raça, não é o meio, não é o conjunto dos aparelhos económicos e políticos: é o idioma criado ou herdado pelo povo !

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27
Jun09

Escolhas

eva

Ouve-se água a pingar e a correr devagar.
Ouvem-se pássaros de diferente chilrear.
Ouve-se ruído perto e música longe.
Contudo, o certo seria o contrário porque o ruído está longe e a música está a tocar na mesma sala onde nos encontramos a conversar.
- Isso depende da atenção, que seleccionou o ruído – talvez pelo incómodo que provoca – em vez da música.
- Mas, não deveria ser ao contrário? Isto é, seleccionar o mais agradável?
- Na maioria das vezes sim, mas outras vezes a desarmonia interior junta-se à exterior. Ruído é sempre ruído e, portanto, ou se menospreza a sua intervenção, por instinto, ou mudamos de sítio à procura de outro mais sossegado ou permitimos a sua influência.
- Pois, todo indivíduo procura o bem-estar!
- Seja de que espécie seja, até a mais simples planta procura – vira-se ou inclina-se – ao melhor desenvolvimento, ou ao bem-estar.
- Então, porque alguns teimam em fazer o que está errado? Porque alguns começam com hábitos e vícios que, primeiramente, até incomodam.
- Às vezes é simplesmente para ter a companhia deste ou daquele. Simplesmente para não ficar isolado do grupo que admira ou do qual faz parte. Outras vezes é por tontice contra si mesmo – não quer pensar ou não adquiriu o hábito de analisar e escolher o melhor para si próprio.
- Que pena!
- Escolher com lucidez dá mais trabalho do que deixar-se levar...
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Cartoon de Marcelo Rampazzo - A Dúvida
Imagem retirada da net
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Disse  André Compte-Sponville:  A sabedoria aponta para uma direcção: a do máximo de felicidade no máximo de lucidez !
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26
Jun09

Como gotas num oceano

eva

Vista, audição, tacto, olfacto e paladar – são cinco os sentidos que temos e que nos são ensinados na escola.
Mas nem todos se interessam em compreender que, além destes sentidos, temos muitos outros e, quantas vezes, multiplicados destes…
Chamam-lhe sentidos porque são órgãos específicos para determinados sentires, ou sensibilidades.
Dos outros órgãos nem todos sentem algo. Mas todos entendemos que deveríamos estar aptos a sentir com todo o corpo e com todos os poros da nossa pele.
Toda a extensão do nosso ser sente e, até, pressente.
O nosso cabelo pressente… A nossa pele pressente…
A nossa mente faz quase tudo e transmite uma universalidade de impressões a todas as partes do corpo.
- Dizem que transmite também para o ar e para outras pessoas, cogitadas ou ocasionalmente.
- Pois, assim é, e, se pensares um pouco, poderás lembrar que mesmo sem intenção, tal já poderá ter acontecido contigo.
- O que quer dizer isso tudo?
- Quer dizer que somos indivíduos e conjunto uns dos outros. Que tudo o que pensamos, falamos, fazemos e percebemos pode ser recebido, enviado ou criado num conjunto de atmosferas, ou níveis, ou mundos, ou sei lá quantos mais nomes lhes dão…
- Temos assim tanta importância?
- Somos como as gotas de água num oceano. São quase nada mas, sem elas, o oceano não se formava.
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Imagem retirada da net

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Disse  Victor Hugo:  É belo modelar uma estátua e dar-lhe vida. Mas é sublime modelar uma inteligência e dar-lhe a liberdade !
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25
Jun09

Um ponto no Universo

eva

- Olha, já viste as estrelas no céu?
- Pois claro! O céu é lindo, escuro e com as luzinhas das estrelas por todo o lado. Quando não se vêem, geralmente é porque está enevoado.
- Estou a falar de agora, neste momento.
- Agora é dia pleno.
- Sim e vêem-se as estrelas também. Bem, algumas, não tantas como à noite…
- Óptima vista! - Porque eu não vejo nenhuma. Nem uma sequer!
- Ora, ora! Ali, se olhares com atenção, vês um brilho branco e não o luminoso que se vê à noite.
- Ah! Isso são estrelas? Então, efectivamente, são bastantes as que se podem ver durante a luz do dia.
- Calma, também se vêem planetas, como por exemplo Vénus, a que chamam a estrela da manhã ou estrela da tarde, porque se vê melhor ao amanhecer e ao entardecer.
- Bem, e depois…
- Depois, já pensaste que somos apenas um ponto no mundo do Universo. E já pensaste tudo o que acontece neste ponto diminuto que somos e no que é afinal a nossa vidinha para essa imensidão cósmica?
- Vendo assim as coisas…
- Que somos? Para quê tanta zanga, tanto arrebatamento, tanta emoção por minuto se, olhando para cima, para o céu, percebemos que somos apenas um ponto!
- Porque são as nossas lutas, os nossos mais queridos bem-quereres.
- Dizes bem – são as nossas lutas – e elas só devem persistir quando forem a nossa evolução!

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CD de Enya - Paint The Sky With Stars
Imagem retirada da net
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Disse  Eça de Queiroz:  Não há ideia mais consoladora do que esta - que eu, e tu, e aquele monte, e o Sol que, agora, se esconde, são moléculas do mesmo Todo, governadas pela mesma Lei, rolando para o mesmo Fim !
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24
Jun09

Avô, tu ainda estudas?

eva

Aparecem vários volantes num painel enorme junto de um vidro – pára-brisas – enormíssimo. Gigantesco!
Somos vários ali acomodados e com possibilidade de ver as zonas e paisagens por onde vamos passando.
Ouve-se conversar, mas não se percebe a conversação.
Parece que atravessamos, agora, uma zona minada, porque vêem-se explosões um pouco por todo o lado.
Não, afinal não são explosões… são… parecem astros luminosos que passam e iluminam tudo à volta. Por isso dá ideia de explodirem.
Não é noite, mas está escuro e essas luzes dão jeito para perceber por onde vamos. Ouvem-se trocas de informação sobre o trajecto e as tarefas.
Depois… bem, depois…
- Avô, não podes parar agora, conta-me o resto.
- Mas estou um pouco ensonado e cansado, por isso vou abreviar. Depois, chegaram a uma terra muito bonita e foram directamente para o edifício Escola ouvir as aulas. Era um edifício branco e importante.
- Mas, mas… estou de férias. Todos estamos de férias, como é que eles vão ter aulas?
- Porque é sempre bom tempo para estudar, todo o ano e todos os anos até ao fim da vida.
- Tu ainda estudas?
- Claro que sim, senão como saberia actualizar-me com as notícias e descobertas do mundo, com os gostos dos mais jovens e com os teus quando estás cá em casa?
- Ora!
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Elena Flerova - O Avô
Imagem retirada da net

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Disse  Robert Louis Stevenson:  O estudo é uma espécie de alimento natural da mente !

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23
Jun09

A Lei e as leis

eva

Um casal está deitado de bruços, no chão, lado a lado. A luz é pouca e difusa.
Alguém diz que estão mortos por envenenamento.
Outra voz faz-se ouvir e diz que tal não é possível. Que, se parece suicídio, não pode ser porque eles nunca o fariam. Eram demasiado apaixonados um pelo outro. Eram até invejados por muita gente, por causa de um amor tão bonito. Não era paixão, era amor e vontade de estar junto, partilhando tudo.
No entanto, continua a primeira voz, eles estão mortos.
- Mortos, mas não como suicidas. E pela minha parte veremos se ainda despertam desse sono mortífero, diz uma terceira voz que chega nesse instante, com um grupo.
Em seguida envolve-os com vibrações lindíssimas e, ainda sem darem quaisquer sinais, ela consegue levantá-los até os poder levar, um encostado ao seu ombro esquerdo, outro no ombro direito.
Muito pálidos e trôpegos, eles começam a ajudar e a facilitar o seu próprio carrego, mas ainda sem despertarem.
Ela leva-os por uma rampa que, de repente, apareceu à frente de todos e entre as luzes, o calor, as flores, estradas, pássaros e outros seres, eles vão passando e recuperando as forças e, quem sabe, se não vão recuperar a saúde.
Na sala fica um homem que, acabrunhado, se diz arrependido de atentar contra o casal e, afinal, contra o resto da família também.
E, então, aparece outra mulher gritando que - não pode ser! - porque ela os tinha envenenado para nunca recuperarem.
Os do grupo explicam-lhe então a diferença entre a Lei e as leis. E que, se ela podia forjar umas ao seu jeito, a outra não. Essa era universal e todos lhe obedeciam. Chamavam-na Lei Divina.
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Imagem retirada da net

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Disse  Pitágoras:  Não cometas nenhum acto vergonhoso nem na presença de outros nem em segredo. A tua primeira lei deve ser o respeito a ti mesmo !

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22
Jun09

Caminhante

eva

Luzes, energias e contrários. Tudo é assim na natureza e a dualidade actua como uma balança.
De permeio, uma sucessão de estados e nuances de pormenor.
Tudo é possível e escorregar em vez de progredir, também.
Sobrevêm as doenças e a falta de vontade para fazer o que é mais correcto.
E a escuridão encobre, então, os melhores dias.
Se, entretanto, se reforça a vontade e a tenacidade por aquilo que parece mais justo, vem - em sucedâneo - a luz e o colorido suave e brilhante em simultâneo.
É como os balões que se soltam nas festas - um enaltecer de felicidade e bem-estar, até quando não se está assim tão bem.
Tantos enganos, tantas ilusões enganosas, tantas verdades invisíveis.
É mesmo um estar só entre as gentes!
Tantos anos que, às vezes, se desperdiçam atrás de quimeras que não levam a nada.
Todos os dias são de aprendizagem para a serenidade de caminhar direito na dignidade da linha recta que faz a nossa estrada.
- Às vezes é um caminhar só, demasiado só.
- Nunca é, porque nunca estamos sós. Podemos é não ter ao lado quem gostaríamos. Mas para esses fica o nosso exemplo que, na hora justa, será lembrado e poderá ser o lampião que lhes ilumine, então, o novo caminho.
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Renoir - Paisagem de Wargemont
Imagem retirada da net

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Disse  Pietro Ubaldi:  A vida é verdadeiramente um caminho e, nas vicissitudes de cada dia, a alma elabora o seu destino !

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21
Jun09

Fernando Pessoa # Não sei quantas almas tenho

eva
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Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem achei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,

Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem,
Assisti à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.

Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: «Fui eu?»
Deus sabe, porque o escreveu.

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de Fernando Pessoa
in "antologia poética" 

 
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Disse  Bernardo Soares (heterónimo de Fernando Pessoa):  Meu Deus, meu Deus, a quem assisto? Quantos sou? Quem é eu? O que é este intervalo que há entre mim e mim?  
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