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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

19
Fev09

Equação

eva

Sonho, sonhos... Bons e menos bons. Cheios de cenas conhecidas ou de outras, maravilhosas, que nunca vimos.
Uns sonhos piores e outros melhores, que nos deixam predispostos a tornar o dia, que aí vem, o melhor possível.
Sonhos em que as angústias se transformam em resultados bons, como nos contos de fadas, que quase ninguém já conta nem faz ouvir.
- Restam os filmes da Disney e outros semelhantes.
- É verdade que sim. Talvez por um lado seja melhor assim, porque antes, por só repetirem histórias dessas havia muita criança que chegava à fase adulta acreditando que tudo era como um conto de fadas.
- E então?
- Então, o meio-termo é sensatez e conhecimento da realidade versus ilusão.
- Ou seja, o chamado caminho do meio, a equação formulada entre a razão e o coração.
- Ou aí começa a liberdade de ser.
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Abigail Schelemm
Imagem retirada da net
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Disse  Leonardo da Vinci:  Porque será que os nossos olhos conseguem ver uma coisa com mais clareza em sonhos do que a nossa imaginação quando estamos acordados?
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18
Fev09

A memória

eva

Boa memória ou a falha desta.
Uns dizem que é conforme a idade, outros que depende da vitalidade ou do cansaço.
E outros, ainda, dizem que depende da capacidade de atenção e da concentração.
- Pois, todos têm razão!
- Têm, têm! E os problemas de memória costumam ser da soma das situações, com predominância da última – a capacidade de concentração.
- Por isso uns lembram mais do que outros, mesmo em situações de semelhança?
- Lembram e relacionam os factos, quer tenham importância ou não, em virtude da concentração que exerceram nos assuntos.
- E às vezes porfiando de modo tão errado…
- De qualquer modo é pela memória que nos interessamos por isto ou por aquilo; que nos lembramos do que nos favorece o conforto ou não; que nos recordamos dos bons e dos maus momentos, etc.
- É, também, através da memória que temos das situações, que nos sentimos melhor ou pior e que podemos alegrar-nos ou entristecer-nos, mesmo que essas situações não se percebam de modo lúcido.
- E, se quisermos, podemos preparar a capacidade da nossa memória por meio de exercícios de análise, resumos e concentração nas situações que escolhermos. Observando ainda que tudo o que é bom, engrandece; e tudo o que não é qualitativo é redundante no apoucar.
- Preparemos, então, mais um dia auspicioso de projectos para nós.

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René Magritte - Golconde
Imagem retirada da net

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Disse  Fernando Pessoa:  A memória é a consciência inserida no tempo !

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17
Fev09

Os outros

eva

Elas brincavam alegres, apesar do pouco espaço.
Mas havia Sol por todo o sítio e isso puxava o seu dinamismo.
Numa cadeira estava alguém paralisado por um grupo de outros que, pondo-se em frente dele e aos lados, o paravam com as mãos e não o deixavam mexer.
Parecia que o estavam a revistar, pois mexiam-lhe em todos os bolsos como se estivessem à procura de algo – mas não!
O da cadeira, finalmente, num esforço supremo sai dali e do meio deles com um salto na vertical.
O espanto foi tal que os outros estancaram os instantes suficientes para ele conseguir fugir.
No meio da confusão gerada ele ainda volta, sem ser notado, e toda a sala fica com coloração e feixes de energia completamente diferentes.
Da quase escuridão que havia e se sentia passou-se à claridade ténue.
Os tais outros também sofreram esta influência e foram alterando a cor da sua figura – de preto para cinzento, de cinzento-escuro para cinza claro – e foram, então, saindo e aparentando alguma resignação. E pronto!
- Pronto, o quê?
- Pronto, foram agrupados e levados para outro lugar, um lugar de restabelecimento onde pudessem estabelecer novas energias e melhorar-se.
- E?
- E ele perdoou-lhes, como também lhes pediu perdão de alguma provocação que antigamente lhes pudesse ter infligido, mesmo sem, agora, lembrar do quê.

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Salvador Dali
Imagem retirada da net

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Disse  Galileu Galilei:  Todas as verdades são fáceis de perceber depois de terem sido descobertas; o problemas é descobri-las !

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16
Fev09

O maravilhoso em nós

eva

Por vezes há visões aterradoras como os cenários de guerra, de fome, destruição e desgraça, ou outros que tais.
A televisão, os noticiários mostram tudo em pormenor e o mais ao vivo possível.
A focagem e as cenas são alteradas e ajustadas, constantemente, no melhor tecnicismo profissional.
Porque o nível dessas imagens – em qualidade e aceitação de mercado – significa também níveis de dinheiro para o profissional.
E se nos sentimos aterrados, ou transtornados, com algumas reportagens, por outro lado também é razoável que assim seja perante a realidade que evocam.
Ao observá-las ficamos, sobretudo, com a noção clara do que os homens conseguem fazer a outros iguais a ele.
Conseguimos também observar as possibilidades da mente, tanto na projecção de acções negativas e cruéis, como, noutros casos, pela projecção de acções positivas e amorosas.
E, geralmente, admiramo-nos com essa capacidade dicotómica na mesma raça – desde a erupção do avaliado mau-carácter até à transparência da pureza e da simplicidade amorosa que o mesmo ser é capaz de sentir em situações diferentes.
Um dia saberemos alegrar-nos, imbuídos de felicidade por todos nós, seres, que fomos e somos capazes de evoluir para atingir o maravilhoso em nós.

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Amadeo de Sousa-Cardoso
Imagem retirada da net

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Disse Jalal Rumi: À noite, pedi a um velho sábio que me contasse todos os segredos do universo. Ele murmurou lentamente ao meu ouvido: - Isso não se pode contar, isso aprende-se !

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15
Fev09

Vida depois da Vida na cultura ameríndia

eva
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Não temas a morte nem a sua aparência aterradora, definitiva, consequência do terror do homem e da sua ansiedade perante o mistério da desaparição. Os sábios alcançaram estas outras paisagens por detrás do jogo das aparências. Mergulharam no interior do Rio. Sabem que não há morte mas transformação de mundo.
 
 
O defunto realiza uma mudança espiritual, como sucede com a serpente do deserto que abandona a pele antiga, morta e ressequida, e recupera um corpo novo
 
 
A morte é uma metamorfose, como o ensina a mudança das estações,  o retorno do sol após as neves de inverno. Tens de preparar o teu espírito para a metamorfose, tal como o aguioto das montanhas que abandona o ninho, vacila no vácuo sem compreender, empurrado pelas forças poderosas da Vida, abre as asas e torna-se uma águia.
 
 
Tudo no universo sofre a lei da transformação, da metamorfose. Nada está alguma vez excluído do Grande Jogo que não pára de rodopiar, nada é posto definitivamente no exílio. As coisas nascem, crescem, desaparecem e retornam com o mesmo movimento infinito de amor. Nada jamais se quebra ou se separa. As coisas falam eternamente umas com as outras, sem ter em conta o tempo nem o espaço.

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in “Sabedoria Ameríndia”
Prefácio e organização de Jean Paul Bourre 
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Diz  a Cultura Ameríndia:  Os funerais não são uma festa fúnebre, desesperada. Servem para acompanhar a viagem do defunto e para preparar o seu regresso !
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14
Fev09

Dicotomia

eva

Roma – cidade bela e monumental – é, como a maioria das capitais, um lugar de grande mistura de raças, políticas, religiões e interesses.
São tantos os locais onde poderíamos viver e, no entanto, o cantinho onde está a nossa família mais chegada, as nossas coisinhas é o lugar que escolhemos para ficar.
Quando podemos escolher – claro!
Todas as cidades têm os seus lugares miseráveis e os sítios bonitos.
O contraste é cada vez maior e nos países em guerra essa dicotomia é notória, a raiar o inaceitável.
Mas, a seguir, reconhecemos que ainda é assim e que a cada um cabe uma parcela de tarefas e virtudes – soterradas ou florescentes.
Observando as notícias do dia, entre os desaparecidos e o desespero que cada vez parece maior, continuamos a pensar nas semelhanças e diferenças entre as gentes.
- Será que vale a pena?
- O quê?
- Toda a acção do homem que provoque dano.
- Pois… devemos seguir o nosso caminho do modo mais digno – humanamente falando – o mais digno e simples que nos for possível. E tudo se reduz, sempre, a uma fórmula encantadora de simplicidade – é só reconhecê-la!

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Roma - Ponte Vecchia
Imagem retirada da net

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Disse  Honoré de Balzac:  Considero a família e não o indivíduo como o verdadeiro elemento social (arriscando-me a ser julgado como espírito retrógrado) !
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13
Fev09

Tempos de viragem

eva

Dia de compras – compras de mercearia – ou seja, compras de supermercado.
É o pão, o peixe e a carne, farinhas e legumes, massas e arroz, fruta e leite – lacticínios, etc. etc. Porque ali há, quase, de tudo!
Estamos na viragem de modos de vida ancestrais para novos modelos de vida, novos modos de estar em casa, às refeições, nas limpezas, preservação de espaços e até na prevenção da saúde.
E, como sempre, alguns (muitos) ficam relegados ao esquecimento. Trabalham bem, mas a actualidade ultrapassou-os e não há trabalho para eles, nem compatível nem provável.
Mas há amargura e desespero e, pior, não há palmadinhas nas costas nem palavras agradáveis porque não seriam verosímeis. Não temos soluções a dar ou sequer a opinar.
Poderá sentir-se a fé na sobrevivência e a esperança que um dia algo melhor virá.
- E isso chega?
- Se é o que temos, tem que chegar… mesmo sem perceber como poderá ser doutro modo.
- Porque o impossível acontece?
- Pois acontece, o impossível mau e o impossível bom. E existem sempre nos binários da vida.

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Imagem retirada da net

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Disse Bertrand Russell: O problema da humanidade é que as pessoas menos inteligentes estão cheias de certezas e as mais inteligentes estão cheias de dúvidas !
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12
Fev09

A imagem

eva

Olhei para a imagem da santa e pensei se não seria para mim. Das partilhas singelas o mais provável era ela constituir a minha parte.
Mas outro ficou com ela e, sem dúvida, as recordações que a santa lhe transmitiria eram muitas e mais gratificantes do que para mim, que me lembrariam a dona e toda a sua ligação religiosa por ela.
E a santa lá ficou, ao lado de fotografias emolduradas, como que a guardá-las.
O tempo passou e de repente, um empregado no seu trabalho partiu-a sem querer.
Outros empregados vieram entregar-me os cacos da santa – a mim!
O meu primeiro pensamento foi deitá-la ao lixo e comprar outra igual para o lugar abandonado.
Mas tal não me foi possível e o que restava fazer era colar todos os pedaços, com paciência, dedicação por esse trabalho - novo para mim - e com todo o carinho, devotado agora, por quem não soube dedicar-lho enquanto estava inteira.
- Mas é só a estatueta de uma santa!
- Não! É a devoção de alguém que já cá não está ao pé dela. E, por isso, torna-se a oferta mais valiosa que esse alguém me poderia dar. É algo que eu não soube interpretar pela diferença de opiniões. É algo que representa sentimentos que também não soube avaliar, nem dignificar ou respeitar.
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Imagem retirada da net

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Disse  Miguel Ângelo:  Muito ganha aquele que aprende, quando perde !
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11
Fev09

História ou realidade

eva

Todos os que podem, àquela hora da tarde, estar na rua, ou estrada, estão a conversar em pequenos grupos.
Num banco está um homem de cabelos brancos abraçando os netos que não via há imenso tempo – tão crescidos estavam já!
A tarde transformou-se em tarde de passeio, agora que só restavam as poças com água.
Avô e netos, depois da alegria do reencontro precisavam caminhar até casa. E lá foram estrada fora.
- Os carros não passavam?
- Não vi nenhum. Mas parece que estavam por lá. Às vezes não se vê tudo o que se deve ver.
- Porquê?
- Talvez para nos inteirarmos do que conseguimos fazer com parte dos elementos – mostramos se somos ou não capazes de reagir e qual o resultado.
- Hã?
- Podemos analisar e perceber as construções mentais saudáveis ou doentes que temos; o que imaginamos de história ou de realidade factual chega então à lucidez da nossa mente quando comparamos, às vezes muito mais tarde, com o que vimos a saber que aconteceu por lá, naquele cenário.

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Disse Charlie Chaplin: Se as coisas não saíram como planeei posso ficar feliz por ter o dia de hoje para recomeçar. O dia está na minha frente esperando para ser o que eu quiser !

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