Trovoadas
Céu enevoado de trovoadas, carregado de electricidade, carregado de energias.
Todos sentem, mas não sabem o que é, nem sequer o que provoca nas suas vidas, ao seu dia-a-dia.
Vulgaridades do tempo. Do tempo que voa célere, sem amarras – avançando nas horas, indubitavelmente.
Nós também não conseguimos parar, ninguém pode – melhor ou pior, em liberdade ou arrastados –, temos o nosso dia para cumprir e o nosso trabalho para fazer.
O céu, nestes dias, parece um duro capacete em cima de nós.
Não, não tão acima. Logo em cima das nossas cabeças, exercendo alguma pressão.
E se nós não nos elevamos e enfrentamos esses céus enevoados, então são as nuvens que descem e nos envolvem.
Nestes dias os aviões voam bem acima das nuvens…
Não se vê bem – há um brilho prateado e bege que envolve tudo, como uma autêntica manta ou xaile.
- Deixa lá, amanhã é outro dia e o que não for hoje, amanhã poderá ser.
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Disse Machado de Assis: Não importa ao tempo o minuto que passa, mas o minuto que vem !
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