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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

30
Jun07

Confusões

eva

30 de junho de 2007

Ela estava aflita, sentia-se seca por dentro. Como explicar?
Não sabia, era como se fosse só osso e pele (ou pele e osso).
Tinha enfraquecido até parecer o que se chama um “palito”.
Até os ossos da face pareciam ter recuado ou estreitado.
Enfim, estava irreconhecível!
Pois ia, ia ali porque diziam maravilhas dos tratamentos e das curas naquele consultório.
Sim, sim, já sabia que a cada dia e conforme as horas, eram médicos diferentes.
Pois sim, também já sabia que tinha que esperar por vaga.
Ah, havia uma médica nova…
Sim, podia ser, até porque para ela eram todos novos.
E não era naquele consultório...? Ah, era …? Está bem!
Tudo marcado, no dia e hora previstos ela lá foi com a mãe.
Sim, sim, vai sempre com a mãe. Agora são só as duas.
O pai e os irmãos já faleceram. Pois, é isso... são só as duas.
Está magra, magríssima.
- Não é das que vomitava?
- Não, não come mesmo. Não consegue comer!
- Se está a ver a luz? Com franqueza… não!
- E agora? Agora já! Mas, também, podia ter dito que era essa luz!
- A luz dentro dela! Essa era a mais importante, não era?
- Era e é!

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29
Jun07

Flores

eva
29 de junho de 2007

Um terreno plano, enorme, com arbustos e árvores frondosas espalhadas, com bastante espaço entre elas.
Vão chegando pessoas de todo o lado, de todas as direcções.
Trajam de modo diferente e vêm em grandes grupos ou, pelo contrário, em jeito de representação.
Agora que se vêm melhor, já se percebe que são povos de várias raças e locais.
Os de mais longe são os que enviaram três ou quatro pessoas em representação do seu povo.
Os grupos grandes têm velhos, jovens e até bebés.
As roupas também são muito diferentes pois tanto trajam como se habitassem terras frias de neve, como trajam roupas leves de Verão.
Mas todos trazem as mesmas coisas nas mãos, de braçado – flores!
Flores que nunca vi, não reconheço a sua existência.
São lindas, fantásticas! Umas parecem botões de fechadas que são; outras têm pétalas tão suaves que nem se conseguem tocar ao de leve porque a simples aproximação das mãos dá ideia de as poder desfazer. Estas são quase transparentes.
Há-as de todas as cores e tamanhos, de pétalas e caules variados.
Umas formam bouquets, outras ramos altos.
Todas são oferecidas por essas pessoas às partículas de luz que descem do céu e que se ilumina ainda mais.
O céu agora fica colorido e cheio de flores que voam e rodam a várias velocidades e em diferentes direcções.
Parece um concerto de Primavera, cheio de luzes e flores.
Um véu lindíssimo de luz e cor, bordado com flores delicadíssimas.
Está tudo no céu, por cima de todos.
E é maravilhoso!
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28
Jun07

Segredos

eva
28 de junho de 2007

Nuvens prateadas, brancas, rosas, alaranjadas, de tantas tonalidades…
Apetece sair e caminhar sobre elas. Parecem enormes flocos de algodão.
Acho que gostaria de ficar aqui mais tempo! Um pouco mais!
Aqui é tudo tão calmo, tão leve, nem um sussurro, nem uma brisa. Acho que se chama quietude!
Gosto disto, gosto! Posso sentar-me aqui? Obrigada!
É incrível a limpeza imaculada. O branco e o brilho que as coisas têm.

Dá ideia que ninguém as toca ou que, sequer, passa por elas.
- E não há aí pessoas, ao pé de ti?
- Bem, acho que são pessoas… é que passam por mim a voar e a sorrir, mas o seu brilho é tanto que apenas consigo perceber, mais do que ver a figura.
Movem-se de modo muito airoso e elegante, mesmo quando poisam no chão.
- Serão uma espécie de pássaros? Como o homem-pássaro da banda desenhada…
- Ah, muito, mas muito mais bonitos! E são muito mais leves e sem penas!
- Serão anjos, como os dos postais?
- Se são, estes são muitos! Mas são mais parecidos com esses, sim!
- E depois, que faziam eles?
- Só sei de uma, não sei dos outros!
- De uma?
- Sim, de uma, porque vi figuras femininas e masculinas!
- E então?
- Ah... pois! Era muito bonita, alta e de cabelos assim quase até à cintura e dizia - sim, isso eu ouvi bem - dizia que eram horas de dormires.
- Oh, já sabia…
- Não fiques triste (queres saber um segredo?), ainda brilhava mais ao dizer isso!
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27
Jun07

A estrada

eva
27 de junho de 2007

Um homem está numa estrada de terra batida mas com um resto de alcatrão, o suficiente para não ser muito poeirenta.
Ele vai andando devagar e caindo.
Cada vez que cai é de joelhos e demora mais a levantar-se.
Olhando em volta, mais uma vez no chão, ele parece confirmar que está completamente só.
A paisagem não existe. É terra arenosa, sem árvores, sem nada!
A estrada também continua deserta.
Deserta de tudo, de animais, de aves, de plantas. De tudo, menos dele!
Porque ele existe e está ali, apesar de não se lembrar porquê.
O céu está muito enevoado embora raios de sol bem brilhantes passem, de vez em quando, pelos intervalos das nuvens cinzentas.
Ele continua a olhar em volta porque tem a sensação de estar alguém ao seu lado.
Às vezes, alguém um pouco atrás, outras vezes um pouco à frente.
Mas não vê ninguém e, no entanto, iria jurar que alguém está ao seu lado, como se estivesse, até, a rezar por ele.
À falta de melhor, segue lenta, lentamente e sempre em frente.
Às tantas é ele mesmo que reza por si próprio, a Deus, como a sua mãe lhe tinha ensinado em pequenino.
Ainda se lembra! E quando fica novamente de joelhos, demora um pouco mais para pedir forças a Deus.
Era assim que ela lhe dizia para fazer – Se não sabes o que queres ou o que fazer, pede forças e coragem a Deus. Que Deus dá. Não podes é duvidar e tens que saber esperar!
Era o que a mãe lhe dizia sempre que o via na maior tristeza e sem querer falar.
E de repente, no meio da estrada e do campo, apareceram, lindas como sempre, as duas pessoas que ele mais amava!
Mas… elas não tinham morrido?
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26
Jun07

O passado e o anteontem

eva
26 de junho de 2007

O esquecimento de si próprio acontece muitas vezes com doenças, com muitos dos AVC’s (acidente vascular cerebral), etc.
E as pessoas, nesse estado, geralmente não sabem quem são nem o que fazem, nem sequer se estão a fazer algo.
Mas sabem, ou melhor, sentem, que conhecem algumas pessoas que os visitam, em que grau é esse parentesco e percebem o agradável e o desagradável.
Por isso, também geralmente distinguem os filhos dos que o não são, e os maridos e esposas, mães, irmãs, dos outros desconhecidos.
É um alhear de tudo o que os rodeia, mas sabem fazer coisas por instinto.
Esse instinto fica como ficam os reflexos, ficam mais lentos mas continuam.
É um esquecimento, afinal, de tudo o que se lutou e conseguiu na vida.
À medida que conseguem recuperar não voltam, contudo, a ser como eram.
Parece que foram fazer um estágio noutro mundo, activando outra região da mente que até aí não usavam.
E deixam esquecido o passado e o presente, recomeçando, por assim dizer, uma nova vida na mesma vida que tinham.
Alguns chamam-lhe a segunda oportunidade, à semelhança dos que passaram pelo estado de coma profundo.
Hoje, neste dia meio sol meio sombra, também é dia para uma segunda oportunidade de melhor viver a vida que cada um tem.
Entre o passado e o anteontem, todos podemos começar a viver connosco como gostaríamos, sem ser necessário AVC’s ou comas.
Simplesmente nós, verdadeira e corajosamente! Nós connosco!
25
Jun07

O sofrimento

eva
25 de junho de 2007

Latidos, ganidos lancinantes. Os cães das casas e quintas perto, ladram de seguida sem parar, andando meia à toa, de um lado para o outro.
Um enorme desassossego, de tal ordem que as pessoas vêm à porta ou aos portões.
Todos perguntam o que foi e os ganidos de dor continuam.
Deduzem que um cão deve ter sido atropelado pois não pára de ganir.
Só que ninguém o vê, só se ouve, e bem!
Onde estará o pobre bichinho? E saem velhos e novos pelos caminhos, à procura, atrás dos sons que se fazem ouvir.
Mas ao barulho das pessoas os latidos calam-se.
Trazem então outros cães, os seus, que andam às voltas e se encontram e brincam uns com os outros, mas não apontam nenhum sítio.
Finalmente alguém o vê! Um vulto a tremer, a tremer, lá bem ao fundo duma garagem, por baixo de um carro.
Tentam tirá-lo mas não conseguem. Ele arrasta-se, escorredio, e não conseguem puxá-lo.
Deixam-no estar, então.
E assim decorrem horas com ganidos desesperados, tornando-se cada vez mais espaçados e abafados.
Custa perceber o sofrimento e não poder fazer nada.
Nas notícias, constantemente, vêem-se e ouvem-se relatos de guerras entre facções rivais e mortes e mais mortes.
- Custa perceber o sofrimento… e às vezes só conseguimos, ou só podemos, entregar o nosso amor ao céu para uma nuvem o levar e aliviar o que sofre. Sarar é mais difícil. Aliviar assim qualquer um pode, porque está ao alcance de todos os que quiserem.
- Olha... o céu ficou cor-de-rosa!
24
Jun07

Aquilino Ribeiro # Humildade Gloriosa

eva
24 de junho de 2007

Com a enfermidade, que o balouçou entre a vida e a morte, adquiriu o hábito do solilóquio. … … Na febre, em que ardera noite e dia, deitara vozes ao vento. … … Declamando, murmurando, rindo e chorando, por todos os meios da expressão oral se lhe assoalhou a alma. Talvez fosse aquela – reflectia agora – uma forma de transpiração espiritual que, aliviando-o da febre, o livrou da morte.
Frei António contraíra pois a doce mania, e todos as oportunidades lhe eram pretexto para exercê-la. … … Falava consigo, com Deus, com as criaturas. … …
Naquela manhã de sol, ainda combalido, mas gozoso de se ver quase refeito, tão gozoso que temeu incorrer no desagrado do Senhor, ia dizendo:
- Ainda a doença é uma bondade de Deus, Filipe. No nosso ser acordam as pequeninas almas a que se não presta atenção quando se está de boa animalidade. Podia eu lá alguma vez julgar que até no voo das gaivotas está desenhado o hieróglifo da Divina Graça!? Ao enfermo, porque não tem que fazer, sobra-lhe tempo para dar volta à casa. A casa interior, bem entendido. Que coisas, mal arrumadas umas, imprevistas outras, que cocas e teias de aranha pelas paredes, se não descobrem!? O homem sadio é o que menos se conhece, pois nunca se deu ao trabalho de olhar para dentro de si. O nosso seio, irmão, é uma cisterna lôbrega e só depois de se acostumar a vista à penumbra, se arregalarem bem os olhos, é que se consegue enxergar alguma coisa. O que eu fui encontrar nos meus subterrâneos! Ah, mas que rico dia! Isto é o céu ou lona pintada? Um azul assim, combinado com o azul do mar, lava os olhos e a alma de toda a escuridão.
.
in “Humildade Gloriosa”
de Aquilino Ribeiro
. .
23
Jun07

A felicidade de si

eva
23 de junho de 2007

Um miúdo, já rapazote, de boné, tshirt, luva de baseball e, claro, a bola de baseball a bater na dita luva enquanto caminha ao longo da estrada.
Sempre me encantou o fascínio que os rapazes têm por uma bola, seja para que jogo seja, mesmo um simples jogo de praia ou de rua.
Isto já deve vir com os bebés. Uns calções, uma bola e o bebé-menino está feliz.
As meninas-bebés, e as mais crescidas, já não é bem assim. São outras comodidades, outros brinquedos.
Se alguém tem dúvidas é só olhar para as secções de brinquedos e contar as prateleiras para meninos e para meninas.
São hábitos diferentes, educações diferentes e, sem dúvida, culturas diferentes.
Depois os hábitos evoluem com os jovens para a sua fase adulta e, em consequência, vão influenciar a sua própria célula familiar quando chegar a altura.
A sensação de felicidade é para ser sempre procurada vida fora, a fazer-se sentir nas coisas mais simples.
No saborear da comida quando se tem fome, na satisfação dum simples beber de água quando se tem sede. No agasalhar quando o corpo tem frio. No querer o aconchego de um abrigo – o lar.
Aconchego de pensamentos bons e carinhosos que parecem alargar o tamanho do coração, da paz interior.
Coração, mente e paz são a felicidade-tríade de cada um. Sempre foi e assim parece que continuará a ser.
A felicidade é tão simples quanto preciosa.
Ninguém a deveria perder ou perder-se dela  –  em si!
22
Jun07

Comemorações

eva
22 de junho de 2007

- Sabes o que estive a pensar?
- Não faço ideia mas, pela tua cara, parece coisa boa…
- Por acaso, acho que é! Sabes estes dias comemorativos disto e daquilo? Ainda agora, por exemplo, foram os santos populares, o Sto. António, o S. Pedro e o S. João.
- E depois?
- Estive a pensar! E se nós fizéssemos o mesmo particularmente?
- Hum… não percebo!
- Pensei assim: e se dedicássemos cada dia a uma causa? Por exemplo, hoje, 6ª feira, dedicava-o à paz entre os povos; amanhã, ou seja, aos Sábados, ao perdão de quem se sente ofendido e de quem ofendeu; aos Domingos, pela instrução de todos; às Segundas, pelo amor fraterno entre todos; às Terças pela protecção aos trabalhadores e no trabalho; às Quartas, pela saúde e alívio dos doentes; às Quintas, pela tolerância e sabedoria entre todos e das diferentes raças!
- Fartaste-te de pensar, não? E como farias, ou faríamos isso? Sim, porque já percebi que essa receita era para todos!
- Qual! Só para quem gostasse da ideia e sem qualquer responsabilidade a não ser para si próprio.
- Está bem! Mas, e como é que isso se faria?
- Não te acontece, às vezes, estares a comer algo de que gostas e lembrares-te dos que passam fome? Então, em qualquer altura em que houvesse lembrança, era dedicar um minuto de pensamento pela melhoria da intenção daquele dia!
- Vamos a ver, hoje… era o dia de… ?
- Da paz!
- Da paz! Então, olhava ali para aquela fonte, por exemplo, lembrava-me que era 6ª feira ou que era o meu dia dedicado à paz e pensava nos povos em guerra e desejava pela paz entre eles durante uns momentos, em silêncio, era isso?
- Pois! Isso ou algo que te parecesse apropriado!
- Bom, tenho de admitir que dá uma certa sensação de fraternidade a nível mundial, e um minuto por dia não custa nada, lá isso… e além de ser pessoal, é reconfortante, e inócuo!
21
Jun07

Jardim à beira-mar

eva
21 de junho de 2007

Nestes dias tristonhos de quase, quase Verão há uma vontade crescente de sol e céu azul.
Mas isto não é nada comparado com os países que começam a época de Verão com as cheias e as monções que arrastam casas e pessoas, deixando lama e desolação por onde passam.
E como isto é característico do clima, todos os anos as populações passam pelo mesmo.
Posto isto, estes dias de chuva e de temperaturas incertas não são nada mais que “menos bons”.
Também é verdade que chamam outra vez pelas meias e pelos casacos de malha e a praia fica outra vez adiada.
Mas, por outro lado, não se morre disto, nem sequer se adoece por tal.
Este país é que nos habituou aos versos do “jardim à beira-mar plantado”.
E continuamos a ter relva, flores e a ter o mar à nossa beira (ou nós à beira do mar).
Sem exageros nem devaneios, vamos andando em ritmo calmo.
- Romântico! Este é um país onde tudo é romântico. Da arte à política, da literatura à saúde, do clima à arquitectura urbanística…
- Romântico?
- Românticos, nós todos! E tudo à nossa volta!
- Sabes que mais? Até sou capaz de concordar! E por isso, um dia destes, vamos mas é à praia, que já está a tardar!

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