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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

20
Abr07

Para tudo há solução

eva
20 de abril de 2007

- Não sei se é dos remédios, se do sono que tenho, dia e noite, a verdade é que não distingo bem o dia da noite e até a realidade do sonho.
Às vezes não consigo saber se alguma coisa já aconteceu mesmo ou ainda vai acontecer.
Quantas vezes dou por mim espantada com obras ou coisas, ou até pessoas, que estão como estavam antes de lhes ver as modificações.
Às vezes, só passados vários meses é que lhes acontece o que pensava ser já a realidade.
- Isso parece adivinhação do futuro!
- Não. Parece é que o tempo, para mim, andou mas para as outras pessoas, não. É uma espécie de diferença temporal.
- Isso atrapalha-a?
- Não, já não ligo mas antes preocupava-me. Agora fico simplesmente na expectativa de perceber em que onda estou. Habituei-me e já não desespero a pensar que estou maluca.
- Maluca?
- Não são os loucos que vivem num mundo diferente, vivendo neste?
- Esses não percebem as diferenças. Mas a senhora percebe, não percebe?
- Sim, sim. O que eu não percebo é porque surgem tantas fantasias ou mundos de outros acontecimentos na minha cabeça.
É dos remédios, não é? Poderia tomar menos ou menos dose, ou outros, talvez.
- Não parece ser dos remédios, mas vamos manter a análise e a auto-análise podendo, evidentemente, alterar-se a medicação, se se justificar.
Para tudo há solução, só temos que trabalhar para a atingir.
19
Abr07

Conhecer-se

eva
19 de abril de 2007

Os livros são fonte de conhecimento.
Geralmente significam escolaridade ou cultura.
Mas são mais, são conhecimento.
Conhecimento esse que, quando interiorizado, leva à sabedoria de tudo o que nos rodeia e de tudo o que somos, apesar deste “tudo” ser ainda relativo.
Relativo porque a humanidade ainda não conhece tudo o que lhe diz respeito, enquanto indivíduos e sobre o planeta em que vive.
No entanto, cada vez mais a ciência e os cientistas estão interessados em descobrir e investigar para a sabedoria do ser.
Os livros, quer sejam os tradicionais, quer sejam em cd ou via Internet, são um meio formidável para adquirir conhecimento.
Temos livros de temas sérios ou divertidos, de história e enredo ou de análise e investigação por temas de todas as áreas científicas.
Os livros tradicionais têm a vantagem de os podermos levar connosco e “estarem à mão” em qualquer momento.
- Pois, pena é ser um hábito esquecido. Há tanta coisa para fazer e sempre uma correria que não deixa tempo para ler…
- Esse hábito nunca será perdido. Podem mudar os meios, mas todo o indivíduo quer progredir e, para progredir, tem de conhecer e conhecer-se cada vez melhor.
E, se calhar, cada vez mais rápido de acordo com as possibilidades actuais.
18
Abr07

Concentração

eva
18 de abril de 2007

- Agora faz assim: analisa-te e conclui qual é o defeito que queres melhorar em ti
Por exemplo: a falta de tempo para fazeres o que deves. E para fazeres também o que gostas, como hobbie.
Tenta sentar-te num sítio onde não te interrompam. Nem por telefone, nem por conversa, barulhos, etc., mais ou menos por 15 a 30 minutos. Agora, para um começo.
Assim sentado, nem relaxado nem curvado, tenta imaginar-te a ti próprio com a figura e a roupa de hoje ou, se facilitar, a tua imagem conforme uma fotografia que gostes.
A seguir a ti, como um reflexo teu, mas numa figura maior e mais alta, imagina-te todo branco.
- Pode ser branco frigorífico? Todinho? Roupa, cara, mãos... pronto, pronto!
- Depois, imagina uma terceira figura tua, ainda maior que as anteriores e esta em cores de água – azul claro, verde claro… Consegues?
- Não!
- Ohh! Tenta fechar os olhos e não durmas. Pensa no que eu disse e ainda…
- E ainda?
- Pois! Ainda vais pôr…
- Quem põe são as galinhas!
- Ai, ai, ai! Ainda vais colocar essas tais três figuras como se estivessem em três degraus de uma escada e sobre uma linha vertical brilhante e prateada.
- Livra!
- Agora vais pensar na tua falta de tempo e vais falar com as tuas três figuras, analisando o que fazes e o que deverias fazer, pedindo-lhes ajuda e coordenação entre elas sobre essa linha, de modo a todas as figuras juntas decidirem que vão tentar cumprir essas resoluções contigo.
- Acabou?
- Não, mas está quase! Agora inventas um sol de verão que ilumine aos três por igual, até que essa luz do sol os ilumine por dentro, como se fossem corpos translúcidos. Finalmente voltas a colocar-te a ti em ti, sentado na tua realidade, no momento antes disto.
- E…?
- E boa sorte!
17
Abr07

Sonhos

eva
17 de abril de 2007

Sonhos e as imagens que os caracterizam, ora nítidas ora confusas e rápidas.
Imagens coloridas ou a preto e branco, muitas entrelaçadas em recordações, sem nenhuma relação aparente entre elas.
Uma confusão ao acordar, que talvez esteja na origem de uma preguiça tola em levantar da cama e começar o dia.
Vale a música do despertador e o sinal horário que vem nos minutos seguintes.
E pronto! Lá vem a corrida matinal em contra-relógio.
Durante o trajecto para o trabalho há oportunidade de voltar aos pensamentos, neste caso aos sonhos.
Entravam imagens de consultórios médicos e de médicos. Pelo meio, recordações da família e dos encontros de família.
Uma baralhada destes temas, com passeios, compras e, de repente, um branco total de todos estes pensamentos.
Não faço ideia do que estou a pensar agora mesmo. E pior, voltou o sono.
Ouço música ao longe e, no baloiçar do transporte, acho que este sono se vai tornar irresistível.
Por vezes, os sonhos são estranhos.
Sobretudo quando parece mesmo que estamos lá - no sonho -  de um modo tão vivo.
- Francamente, tem de controlar isso! Ficou outra vez a dormir no fim da linha e já vamos de volta. Então hoje não vai trabalhar?
16
Abr07

Agora

eva
16 de abril de 2007

Pessoas de mais idade e de meia idade sentadas em sofás, ao longo das paredes de uma sala.
Todos conversam animadamente, tanto a queixar-se das dores como comentando os doces que comeram na Páscoa.
São dias que correm lentos para eles, ao contrário dos dias demasiado rápidos do tempo em que trabalhavam, criavam os filhos, tratavam da casa, etc. No presente as horas são entre refeições, em estados de calma e relaxe.
Os dias passam com os comentários próprios das estações – sol de primavera, Abril das águas mil, temperaturas melhores ou piores…
As mãos já não dão para fazer trabalhos, ou porque tremem ou porque estão paralisadas.
Mas a conversa é boa e vai mantendo “a cabeça boazinha para a idade”.
Agora é hora de acabar a visita dos filhos. Paciência!
Estão eles na idade do corre-corre.
Eles, os que estão sentados nos sofás, estão mesmo muito cansados para isso. Nem têm saudades. Foram úteis à família que criaram.
Foram o melhor que podiam ser e ajudaram os filhos quando estes, por sua vez, saíram da casa dos pais para criar a sua própria família.
Foram úteis novamente ao ajudar a criar aqueles anjinhos, os seus netos bebés e crianças.
Também já estão crescidos…
Agora é altura de rever a vida e o modo como se comportaram.
O que ainda querem mudar em si próprios e no seu relacionamento com a família e todos os outros que os rodeiam.
Agora é altura final de validar a sua vida, ainda por opção lúcida da sua vontade.
É altura de sintonizar o divino que há em todos nós e vigiá-lo atentamente.
15
Abr07

Carl Sagan # Cosmos

eva
15 de abril de 2007

A história humana pode ser vista como um lento acordar do ser humano para a consciência de pertencer a um grupo mais vasto. Inicialmente a nossa lealdade ia para nós próprios e para aqueles que nos eram próximos; depois alargou-se aos bandos de caçadores nómadas, depois às tribos, às pequenas colónias, às cidades-Estados, às nações. Alargámos o círculo do nosso amor. Organizámos aquilo a que agora se chama super-potências, que incluem pequenos grupos de pessoas com antecedentes étnicos e culturais divergentes trabalhando de certa maneira em conjunto. É certamente uma experiência humanizante e formadora do carácter, Se tivermos de sobreviver, a nossa lealdade tem de se alargar até incluir toda a comunidade humana, o inteiro planeta Terra. Muitos daqueles que dirigem as nações considerarão esta ideia desagradável. Irão recear a perda de poder. Ouviremos muita coisa sobre a traição e a deslealdade. Os estados ricos terão de partilhar a sua riqueza com os estados pobres. Mas a escolha, como uma vez disse H. G. Wells num outro contexto, é ou o Universo, ou nada.
………………….……………………….……………
Somos a encarnação local de um Cosmos que toma consciência de si-próprio. Começámos a contemplar as nossas origens: pó de estrelas meditando acerca das estrelas; ajuntamentos organizados de dez mil biliões de biliões de átomos analisando a evolução do átomo; descobrindo a longa caminhada que, pelo menos para nós, levou ao aparecimento da consciência. Devemos a nossa lealdade às espécies e ao nosso planeta. Somos nós que nos responsabilizamos pela Terra. Devemos a nossa obrigação de sobreviver não só a nós próprios, mas ao Cosmos, vasto e antigo, de onde despontámos.
.
In “Cosmos”
de Carl Sagan
.
14
Abr07

Convidados

eva
14 de abril de 2007

Uma escada pequena, de um lance só.
À esquerda um patamar largo, com sofás e mesa típicos de terraço, com um varandim para a rua.
Uma senhora, de cabelos muito brancos e agarrados em carrapito entrançado, agarra-se ao corrimão de ferro para descer essa escada.
Ao fundo está uma porta que dá para a rua.
Lá dentro, está uma mesa posta para o almoço de várias pessoas.
Mas ainda não chegou ninguém (eu não conto para esse almoço).
A velhinha chega com pão envolvido em panos muito finos.
Aliás, tudo está limpíssimo. Caem algumas gotas de água.
Numa cisterna com uma escada estreita de caracol, estão celas com grades e, no corredor, no meio delas, está um homem.
As celas estão cheias de palha molhada, no chão.
As grades estão trancadas. Está tudo muito escuro.
Afinal não! Vem uma luz muito fraca pelo que parece ser uma abertura no tecto.
A luz agora é mais nítida.
Se calhar porque estou a olhar atentamente para lá.
Posso também estar a fazer uma distorção do que vejo.
Mas, se calhar, estou certa porque o homem sai apressado, e com desagrado dessa luz.
Agora está brilhante como um sol.
Uma espécie de avião circular aparece e leva alguns dos que estão nas celas. Parte a grande velocidade e desaparece num ponto do céu.
Muito longe dali, o avião desce no meio de um átrio em pedra.
A velhinha está a receber os convidados. O almoço vai começar.
13
Abr07

Opiniões diferentes

eva
13 de abril de 2007

Telefonema de primos após quantos e quantos anos sem nos vermos.
A razão é papéis de família para assinar.
Se há pessoas que gostam de tratar deste tipo de assuntos têm toda a minha admiração.
Não estou a falar de trabalhar em repartições que tratam deste tipo de documentos; refiro-me a gostar de gerir estas coisas.
Coisas e questões que regem as nossas vidas e são extremamente úteis, mas de que eu só trato mesmo por obrigação.
Enfim, encontros combinados, papéis a confirmar pelos advogados porque há vários interesses em jogo e, se não há nada a esconder, o melhor é ser tratado de acordo com a lei.
Depois de tudo confirmado, são as assinaturas e cópias e, se calhar, escrituras ou coisa que valha. Uma altura houve em que trabalhei com um colega que dizia, a quem o queria ouvir, que ter coisas, ou até querer deixar de ter bens, era um problema; o melhor era não ter nada.
O problema é conseguir que a família inteira aprove isso e cada um siga o seu caminho.
Há sempre alguém que quer algo e há sempre opiniões diferentes.
De tudo, o mais importante é interpretar o nosso coração.
Pensar pela harmonia e progredir em paz.
12
Abr07

Lá mais acima

eva
12 de abril de 2007

Num quarto muito limpo e arejado, está uma mulher deitada.
Está em paz, braços e mãos sobrepostas sobre o peito.
Ninguém à sua roda, ainda, percebeu que ela já não está entre os vivos.
Parece dormir, simplesmente.
Mas, como se fosse um arco-íris, a partir do seu peito, saem estrelas, e estrelas e mais estrelas douradas.
Continuando a seguir o arco-íris, a sua figura volta a formar-se muito acima do tecto do quarto, a caminho do céu, que hoje até está azul claro.
Parece que a levam, outros como ela, um de cada lado, elevando-lhe um pouco os braços.
Ela parece continuar a dormir e não reparar que agora é só estrelas, em vez de carne e osso.
Lá mais acima, não sei explicar bem, mas parece um portão e um átrio, muito brilhantes.
Estão várias pessoas, com brilhos diversos e as tais estrelas em cores e quantidades diferentes.
Apresentaram-se: são a melhor amiga, uma prima também dedicada, outra amiga e comadre, a mãe e a tia-madrinha.
O pai é um dos que a leva. O outro, não sei bem.
Talvez o padrinho. Não distingo bem quem é.
Todos a recebem, emocionados. Mas ela tem dificuldade em perceber.
Está a vê-los mas não tem forças para os abraçar.
Está muito fraca e levam-na para outro quarto e outra cama, que não conhece.
Estão ao lado dela, mas ela já dorme outra vez.
No entanto, agora já tem um sorriso nos lábios.
Não é fácil entender como é possível tanta luz, tanta estrela luminosa, tantas flores e tanto perfume numa espécie de atmosfera rosa.
Tudo é luz e brilho à sua volta.
São indicadores do que foi a sua vida e ela dorme em paz, sorrindo.
11
Abr07

Direita e simples

eva
11 de abril de 2007

O tempo pode ser vivido de modo diferente.
O que quero dizer é que pode ser vivido em sistema atemporal ou, numa comparação mais simplista, os acontecimentos podem ser vividos e depois compartimentados.
Esses compartimentos funcionam como um bloco e esse bloco é colocado na linha de acontecimentos de um futuro próximo ou mais longínquo.
Nessa altura, por acção de um mecanismo tipo relógio, o acontecimento do tal compartimento é incluído na acção que se está a desenvolver.
É como um embrulho que cai do céu onde estão reunidas pessoas a fazerem qualquer coisa.
Os acontecimentos também podem sofrer uma viragem.
- Isso é como viajar no tempo?
- Não, mas a viagem está incluída, de modo especial.
- Não sei bem como incluir isto na história!
- Pode ser de qualquer modo. A história já é maluca e como é entre animais, ninguém vai notar.
- A ideia era dar qualidade, não tirá-la. Além disso, vou mesmo acrescentar um ou dois indivíduos.
- Oh, eu gostava tanto da girafa ser a protagonista. Porquê? Ora, porque é um animal que se assemelha a uma árvore de patas!
- ????
- Bem, por mim é assim que a vejo! Simples, direita e vertical, como as árvores que vivem e morrem de pé.
- Queres dizer que te lembram a integridade? Direita e simples?
- Se calhar é isso mesmo! Lembram integridade.

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