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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

28
Fev07

Bonecas

eva
28 de fevereiro de 2007

Uma figura estilo holograma e diminuta (ou reduzida) envia flores.
Uma outra figura passeia numa ilha, entre a areia da praia e os primeiros arbustos, meio sol, meio sombra.
Outra figurinha entra num jardim.
Todas estão rodeadas de flores e todas enviam flores sem o caule: só as flores e pétalas soltas também.
O ar em seu redor está perfumado e até os animais e pássaros se acercam delas, encantados.
Todas estão rodeadas de tonalidades e cores entre o rosa e o branco.
- Oh, mas não percebi o preço.
- Elas estão assim, já de primavera. As flores vêm na caixinha.
- Estás a ver, mãe? São só três bonecas diferentes, com autocolantes e tudo.
- Fica para as férias da Páscoa, se tiveres boas notas.
- Nunca percebi o que têm as bonecas a ver com as notas!
- Porque as prendas têm que ser merecidas. O dinheiro é especial para isso. Por exemplo, roupa ou comida fazem falta. As bonecas, não. São prendas. Não precisas propriamente.
- Mas eu gosto mais delas do que de roupa ou comida.
- Pois, mas não te são necessárias para viver. são necessárias para te distraíres. Então deves merecê-las e, nessa altura, eu separo dinheiro do mês para elas.
- Todas três?
- Só estava a pensar numa de cada vez. Aí, já vai depender mais do preço.
- Quando é a Páscoa?
- O tempo passa a correr e a seguir às próximas notas é a Páscoa.
- Olha, mãe, se calhar não é preciso tanta coisa. Porque elas sou eu, afinal. Não vês? São iguais a mim. Estão é ali...
27
Fev07

Ser ou não ser

eva
27 de fevereiro de 2007

Sapatos rasos que permitem caminhar, porque os dias são agora para começar a passear mais.
Entre ténis, mocassins, vela e outros mais neste género, os sapatos permitem mais comodidade.
Um caminhar suave e bem flexível, facilita o bem-estar e a vontade de sair.
A comodidade é também uma necessidade no bem-estar e bem viver.
Não tem a ver com luxos mas com direcção de objectivos.
Se a pessoa sente dores ou mal-estar, os seus pensamentos fixam-se nessa ideia e dor.
No caso contrário, os pensamentos são livres para conjecturas mais ou menos complicadas.
Os pensamentos, depois de se fixarem, geralmente em pormenores, podem ser racionalizados para se expandirem em ideias mais generalistas como por exemplo projectos familiares, profissionais ou culturais.
A partir daí, podem ser novamente direccionados para observar o mundo e pessoas em situações semelhantes.
Garante-se assim, também, a unidade, direcção e lógica das linhas do pensar correcto.
Do pensamento corrigido chega-se à integridade do ser, não só na consciência de si no mundo, mas também no seu inconsciente.
No verdadeiro ser de cada um e da sua memória global.
26
Fev07

Ser livre

eva
26 de fevereiro de 2007

Passeios num Centro Comercial, a coberto da chuva ou do sol, do frio ou calor.
Novo modo de vida, de convívio e de compras.

Meios vigiados por seguranças e câmaras de vídeo.
Quase todos gostam e juntam, geralmente, compras aos passeios.

Está tudo ali à mão e não cansa nada.
As despesas é que, de modo geral, são excessivas, sobretudo se não se ia comprar nada.
Uns dizem que é um modo mais livre de estar.

Outros, preferem os condicionalismos do clima e juntam-se ao ar livre ou em práticas desportivas.
Seja como for, é a sensação da liberdade de cada um que pode estar em causa, na escolha do sítio onde se vai passar umas horas de lazer.
A liberdade, pequena ou grande no seu sentir, é uma condição essencial do ser.
Ser livre, ao longo de toda a história da humanidade e de todas as histórias contadas, é uma ansiedade ou necessidade.
É o que todos queremos ser, em primeira e em última instância.
Sentir-se livre, ser livre, é mental e é físico.

Só as duas condições juntas é que dão um sentido pleno à palavra liberdade.
Possamos todos alcançar essa maravilhosa condição e merecer ficar nessa liberdade conseguida.
25
Fev07

If (Se) # Rudyard Kipling

eva
25 de fevereiro de 2007

Se consegues manter a calma quando à tua volta
Todos a perdem e te culpam por isso,
Se consegues manter a confiança em ti próprio quando todos duvidam de ti,
Mas fores capaz de aceitar também as suas dúvidas;
Se consegues esperar sem te cansares com a espera,
Ou, sendo caluniado, não devolveres as calúnias;
Ou, sendo odiado, não cederes ao ódio,
E, mesmo assim, não pareceres paternalista nem presunçoso:

Se consegues sonhar – e não ficares dependente dos teus sonhos;
Se consegues pensar – e não transformares os teus pensamentos nas tuas certezas;
Se consegues defrontar-te com o Triunfo e a Derrota
E tratar do mesmo modo esses dois impostores;
Se consegues suportar ouvir a verdade do que disseste,
Transformada, por gente desonesta, em armadilha para enganar os tolos,
Ou ver destruídas as coisas por que lutaste toda a vida,
E, mantendo-te fiel a ti próprio, reconstruí-las com ferramentas já gastas:

Se és capaz de arriscar tudo o que conseguiste
Numa única jogada de cara ou coroa,
E, perdendo, recomeçar tudo do princípio,
Sem lamentar o que perdeste;
Se consegues obrigar o teu coração e os teus nervos
A ter força para aguentar mesmo quando já estão exaustos,
E continuares, quando em ti nada mais resta
Que a Vontade que lhes diz: “ Resistam!”

Se consegues falar a multidões sem te corromperes,
Ou conviveres com reis sem perder a naturalidade,
Se consegues nunca te sentir ofendido
Seja por inimigos, seja por amigos queridos;
Se todos podem contar contigo, mas sem que os substituas;
Se consegues preencher cada implacável minuto
Com sessenta segundos que valham a pena ser vividos,
É tua a Terra e tudo o que nela existe,
E – o que é ainda mais – então, meu filho,
Serás um Homem.

Rudyard Kipling
.

24
Fev07

A ver o céu

eva
24 de fevereiro de 2007

Céu azul. Umas nuvens pequenas, aqui e além, passam a boa velocidade embora o vento sopre apenas devagarinho.
Só se vê o céu e os seus cambiantes. Ah! e ouve-se músicas e conversas.
- Olha, e se viesses ajudar por baixo desse céu?
- Não se pode descansar um pouquinho que seja!
- Então não pode? Mas deixar o trabalho só para os outros e ficar deitada "a olhar para o céu azul com nuvens...", francamente!
- Pronto! Pára as lamúrias que já aqui estou.
- Não te atrases então. Agora olha para a terra que pisas e leva estas coisas. Obrigado desde já!
- Só a bola é necessária. Para que é o resto?
- O resto é para todo o tempo que não estamos a jogar. Sempre são quatro dias por aqui!
- Pois, ideias diferentes dizem que fazem um mundo melhor. Ou pior, se pensarmos nos países em guerra. Ou guerrilha - nem sei o que é pior!
- O melhor eu sei: é a paz e o progresso para todos, independentemente da raça e condição. Bom, com todos a dar uma mãozinha, fica tudo arrumado e ainda se almoça a horas.
- Já posso voltar a olhar para o céu, então!
- Poder, podes e já agora explica-nos porquê - para sabermos se vale a pena seguir o exemplo.
- Ora, ora! Porque quando o olho, fico nas nuvens!
- Mas tu estás sempre nas nuvens. Se calhar, já tens o céu dentro de ti.
- Quem sabe, sabe!
- Presunçosa! Era a brincar...
23
Fev07

Os bons costumes

eva
23 de fevereiro de 2007

Correio e cartas. Telefones e conversas.

Computadores e comunicações mais sofisticadas.
Em época de tecnologias para a informação e a comunicação, parece que as pessoas e as relações interpessoais foram quase esquecidas.
Dizer bom dia ou boa tarde, às vezes parece simples lembrança de um passado pouco distante.
Os bons costumes devem ser preservados.
Os novos costumes devem ser avaliados pelas suas qualidades. A verdade é que, cada vez mais, a pessoa é mais indivíduo que pessoa.
Cada vez mais o isolamento é facilitado em vez do convívio.
Formam-se grupos quase exclusivamente para divertimentos, mais ou menos esporádicos e mais ou menos familiares.
E as pessoas vão ficando mais frágeis nos seus modos de sentir, a não ser que façam um esforço razoável para ultrapassarem estas questões.
As épocas também são para ser vividas com os problemas e características que as vão definir num futuro histórico.
Cabe a cada um vencer a inércia e a acomodação fácil, e auto-promover o seu bem estar interior. Seja lendo bons livros, ou ouvindo boa música, ou seguindo de perto as investigações científicas e tecnológicas.
E estabelecendo um diálogo construtivo de conhecimentos e interesse com outros semelhantes.
E estabelecendo também a alegria e a sensação de ser feliz, um pouco em cada dia.
Cada dia será então um ponto de valor acrescido à construção da sua felicidade.
22
Fev07

Relações intemporais

eva
22 de fevereiro de 2007

Famílias e amigos. Grupos de relações antiquíssimas em que os parentescos se substituem.
Os filhos são pais. Os pais são irmãos. Os amigos são filhos. Os irmãos são amigos.
Os casamentos também se transferem no grupo que, por vezes, se dilata com a entrada de mais um ou dois.

Isto tudo acontece em fracções da unidade de tempo.
- Estão a ver? Porque tudo é sempre a unidade, ou união, ou reunião no todo
- Como os mosqueteiros?
- Sim, sim! O lema: um por todos, todos por um!
- Bom... acho que tem razão... em parte.
- Em parte? Se tudo vai dar ao todo, então pode considerar-se a resposta certa, não é?
- Bom... eu queria dizer... talvez.
- Talvez... não conta, pois não?
- Talvez, porque já estamos a divagar outra vez do tema principal - as relações do passado e do presente que se interligam.
- Ah, era disso que estávamos a falar.
- Eu explico melhor: imagine que o seu pai foi meu irmão, você foi meu pai e que eu casei com a sua irmã, que era sua filha.
- Hã?!?
- Era disto que estávamos a falar. Relações intemporais do grupo, que se reconstituem em parcelas do tempo. Do tempo comum e do eterno.
- Ha! Ha!
21
Fev07

Instinto e serenidade

eva
21 de fevereiro de 2007

- A terra tremeu!
- Pois tremeu. E treme constantemente. As pessoas é que não sentem. Senão, como era?
- Ficavam a chorar ou saíam a fugir. É o instinto de sobrevivência.
- Pois esse instinto, às vezes, é uma porcaria.
- Perdão?
- Uma bodega! Por causa dele, atropelam-se as pessoas a querer fugir para qualquer sítio.
Tem que se manter a serenidade. Apesar de não ser característica deste povo, deveriam todos aprender a raciocinar. Mesmo nas piores alturas.
- Eu vi isso num filme! Quem pensou com lógica, safou-se. Quem só quis fugir, "saiu da frigideira para cair no lume".
- É mais ou menos isso. A ideia está certa.
- Sim, mas serenar, de qualquer modo, também implica ter esperança e fé.
- Mas são coisas distintas, não são?
- São até um certo ponto, porque uma e outra dão-nos calma e vontade de bem pensar e agir.
- Todos somos melhores - e piores - do que pensamos e até do que somos no dia-a-dia.
Dependemos dos desafios que temos na vida e nas nossas rotinas.
- Então é nas alturas mais difíceis que nos manifestamos como verdadeiramente somos. É isso?
- Sim. Aí é o tal instinto de sobrevivência mas é também a nossa personalidade, que se completa até ao inconsciente, a manifestar-se também.
- Esperemos e desejemos então que os nossos inconscientes sejam melhores que os conscientes.
20
Fev07

Tempos de economia reduzida

eva
20 de fevereiro de 2007

Sinais dos tempos são estas diferenças nos horários.
Antes, abriam e fechavam os comércios similares às mesmas horas.
Hoje, estão outros e mais outros abertos para melhor escolha do cliente.
Assim como a variedade de produtos e preços também é muito maior.
Só não podemos é comparar os preços com outros países porque aí a nossa satisfação cai por terra.

Mas mantenhamos a esperança de que o comércio por cá seja capaz de evoluir em níveis semelhantes, para bem do comum dos cidadãos e da maioria das bolsas.
Temos que repor as contas em dia para os pagamentos.

Depois, logo se verá que mais será possível conseguir.
Talvez seja este o preço da paz - uma economia tão reduzida de meios que ninguém cobiça.
Para já, vamos utilizando o que podemos para nosso conforto e saúde.

Sejamos, pelo menos, um instrumento de progresso para os outros países.
Sobretudo para os outros mais próximos, pois também deve ser mais fácil, pelo menos para começar.
E quem sabe se um dia não estaremos na dianteira, pois parece que a dificuldade está, geralmente, em aprender a primeira lição.
19
Fev07

Quem, eu?

eva
19 de fevereiro de 2007

Turbilhão de ideias. Desequilíbrio mental. Qual concentração, qual nada.
Nem se reconhece a si mesmo.
As ideias rodopiam na sua mente. Não sabe o que quer nem o que lhe falta.
Mas sabe, porque sente, que não está bem.
Também não sabe descrever o que tem, porque parece é que não tem algo.
Olha, maravilhado, para as pessoas que consegue observar mais de perto, porque dizem coisas que lhe parecem acertadas.
Até interessantes.
O problema é que não sabe como conseguem dizer aquilo tudo.
Assim como não percebe a utilidade de nada do que dizem.
Mas há uma coisa que sabe de si: percebe e raciocina. 
No entanto, as palavras só existem e só têm significado no momento em que as ouve.
Antes e depois, são completamente esquecidas.
- Pois não, não. Ainda ontem (ou anteontem) não era assim.
- Pois foi, foi "uma coisinha ruim que lhe deu".
- É que foi isso mesmo.
- E agora? Agora não sabe...
- Tem 72 horas para saber se a sua vida vai voltar a ser o que era, ou se vai modificar-se para sempre.
- Sabe lá, nem sabe o que é a sua vida. Mas o senhor também não sabe destas coisas, pois não?
- Quem, eu? Eu sou o seu médico...

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