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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

30
Nov06

Barulhos

eva
30 de novembro de 2006

Barulho de chávenas e afins - pires, colheres, moinho de café.
Isto quer dizer que estamos perto de um café. E da "civilização".
Nada disso!
Devem estar coisas dessas, ou semelhantes, nas sacolas que o animal leva.
O viajante surge risonho e conduz o bicho pelas correias, na direcção da estrada de saída. Precisamente a mesma que nos serve de entrada.
Nem sempre o mais desejado (neste caso um cafezito e comida) é o que aparece.
Também nem sempre o que parece, assim é.
Às vezes dá impressão de vivermos numa miragem dentro da paisagem que nos rodeia.
Quantas vezes dizemos "isto não é possível estar a acontecer" ou "como é que isto está aqui...?"
Entre a semelhança e a realidade parece que estamos flutuando.
E a realidade incrível é também a mais possível de acontecer.
Sem loucuras nem dramas, o que é menos esperado chega, e nós podemos aceitar (ou não) essas variações da rotina e da vida.
Podemos estar atentos (ou não) ao que se vê além do que está à vista.
Ou do silêncio que se ouve além do barulho. Ou do que se sente diferente do que os outros sentem.
Já Jesus dizia "quem tem ouvidos para ouvir que oiça, quem tem olhos para ver, que veja!".
Isto há 2006 anos, pelo nosso calendário.
Haverá ainda alguém que não perceba, além de entender?
29
Nov06

O céu de todos nós

eva
29 de novembro de 2006

Bazar com rifas e de compras para doação dos lucros, já se vê.
O Natal vem aí e, com ele, vem todo um pacote de sentimentos que se deveriam ter pelo ano fora. Enfim, existirem pelo menos nos tempos próximos da data festiva, já não está mal.
Todos oferecem qualquer coisa, todos compram qualquer coisa para ajudar.
Muito se consegue com boa vontade. Quase tudo com amor e carinho.
Loiças e "trapinhos" adornam as prateleiras.
As etiquetas dos preços mal se vêem porque nós cortamos etiquetas em bocadinhos pequeninos.
Poupamos no que se pode para para aumentar os lucros da beneficência.
Uma azáfama, uma canseira e muita satisfação. A satisfação do dever cumprido.
Aquela satisfação que dá paz interior e vontade de viver uma vida mais útil.
O que acontece a tanto sentimento bom durante o resto do ano é um enigma.
Pelo menos todos os anos há esta hipótese de renascer um bocadinho no céu de todos nós.
Natal é das prendas e presépio.
Seja sempre de amor e tolerância para todos os que já forem capazes de servir tanta emoção boa.
Emoções portadoras de felicidade, todos somos capazes.
28
Nov06

Possibilidades

eva
28 de novembro de 2006

Estudantes às mesas de cafés, de computadores portáteis em vez de livros.
Ligação à internet que já não precisa de fios porque há cafés que já facilitam essa ligação.
Impressoras que copiam directamente, assim como imprimem o que se pretende.
Enfim, vidas mais facilitadas pelos prodígios das tecnologias.
Mas a concentração de ideias continua a ser um mundo, como dizia Platão.
Todos temos um mundo de ideias por descobrir dentro de nós.
Mas também temos mil possibilidades de concentração para desenvolvimento de estruturas de ideias que levem a conclusões e acções práticas.
Ideias que, estudadas, criam novas ideias e soluções para a vida e e para cada momento da vida.
A mente e a inteligência desenvolvem possibilidades incríveis se projectadas para a humanidade.
Podem salvaguardar problemas e crises agindo por prevenção ou como solução.
Evidentemente que também as podem provocar, mas aí não têm expansão nem projecção.
A não ser pelas notícias...
O mundo das ideias necessita de direcção, de disciplina mental, de estruturas lógicas e racionais e só então elas estão trabalhadas para produzir algo de útil.
Os estudantes, hoje em dia, dispersam-se um pouco por tanta informação.
Com a vida vão aprender a concentrar toda a informação possível para depois serem capazes de a dirigir para si próprios. Para os conhecidos mais próximos e os mais distantes, assim como para os totalmente desconhecidos. Então vão descobrir a união da sua quota parte ao todo do planeta e a parte deste ao universo.
O ambiente será então ambiência. O sol, uma fonte minúscula de luz e calor.
27
Nov06

O tocador de violino

eva
27 de novembro de 2006

Ele tocava violino como ninguém - era o que lhe diziam.

E o violino era a sua vida. A sua razão de trabalho.
Tocava sempre que podia. A música dele ou doutros era a sua felicidade.

Tocava até em pensamento; em sonhos e, quando acordava, tentava tocar aquela melodia que sonhara.
Viveu e morreu para a música e para o violino.

A paixão era tal que sonhava que tinha morrido e continuava a tocar.
Tocava nas nuvens, no céu: aos que passavam, mais brancos de vestes ou mais normais; aos que iam a correr ou mais devagar.

Mas antes, como agora, não encontrava ninguém como ele.
Sempre se sentiu só. Isolado mesmo. E continuava a sentir esta solidão.

Um dia, um velhinho chegou perto dele e perguntou delicadamente se podia ficar ali a ouvi-lo tocar.
Passou algum tempo e o velhinho perguntou-lhe porque só tocava sem falar nada.

Ele, velhinho, estava ali a fazer-lhe companhia e o tocador nem reparava.
Claro que reparara, ele até tocava sem repetir as músicas em sua atenção.

Podia ser, mas não se notava nada essa dedicação. Nem em gestos se notava algo diferente de quando estava sozinho.
Às vezes - continuou o velhinho - parece-nos uma coisa pela outra. Se calhar esteve sempre rodeado de amigos que nunca notou.

Se calhar dedicou-se a pessoas que nunca o viram.
Tem que pensar e agir em conformidade.

Pensar e contra-pensar de si mesmo, não leva a nada a não ser a disparates sobre disparates.
Tem que criar um objectivo ou um caminho para si e segui-lo de corpo e alma, partilhando-o com quem tem ao seu lado.

Pois, se calhar, pode ser útil também ao outro.
Partilhar o que temos é, talvez, o mais importante.
26
Nov06

S. Paulo # A caridade

eva
26 de novembro de 2006

Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver caridade, sou como bronze que ressoa, ou como címbalo que tine.
Ainda que eu tenha o dom da profecia e conheça todos os mistérios e toda a ciência, ainda que possua a fé em plenitude, a ponto de transportar montanhas, se não tiver caridade, nada sou.
Ainda que distribua todos os meus bens em esmolas e entregue o meu corpo a fim de ser queimado, se não tiver caridade, de nada me aproveita.
A caridade é paciente, a caridade é benigna, não é invejosa; a caridade não se ufana, não se ensoberbece, não é inconveniente, não procura o seu interesse, não se irrita, não suspeita mal, não se alegra com a injustiça, mas rejubila com a verdade.

Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
... ...

Agora subsistem estas três: A fé, a esperança e a caridade; mas a maior delas é a caridade.
.
in "Bíblia Sagrada", Difusora Bíblica (Missionários Capuchinhos), 1968
de 1ª Carta aos Coríntios, Capítulo 13, versículos 1 a 13 e 17
.
.
 
25
Nov06

O resto... é conversa!

eva
25 de novembro de 2006

Ele estava numa "camisa de forças", todo amarrado, sem se conseguir mexer.
Não entendia porquê. Não fazia mal a ninguém.
Diziam-lhe que não, era até calmíssimo. Então porquê aquele estrago todo?
Não entendia nada.
Via-se a si próprio numa cadeira e numa sala, como que a ser julgado.
Via-se a ser atirado ao chão e até lhe cuspiam; e empurravam-no pelo chão fora ao pontapé.
Via uma porta a abrir-se para uma espécie de ginásio, todo bonito e colorido.
A seguir, via-se outra vez sujo e cheio de frio.
Logo de seguida tentava sair de um espesso nevoeiro, de nuvens muito escuras.
Depois voava em pleno céu azul.
«Completamentete alucinado», ouviu dizer.
Alucinações, como, se estava tudo ali mesmo?
Até via recordações suas de várias épocas, todas seguidas, mais feias e horríveis que na altura de acontecerem.
Parou tudo e está numa sala à espera da enfermeira.
Ela chega, carinhosa, e começa a conversar com a mulherzinha franzina que está à sua frente.
«Ainda bem que percebeu, querida, assim já se sente melhor e tem hipóteses de ir para casa».
Essas coisas são assim. Só páram quando percebemos que são alucinações inúteis e parvas.
Que não é verdadeiramente assim hoje - mesmo que tenha tido alguma semelhança - hoje não quer ser doente e tem direito a uma vida normal e melhor do que era.
«E o senhor, também já se conhece melhor a si próprio?
Já tem mais a certeza "que não quer ir por alí"? Já sabe quem é?
Não se esqueça, o importante é a verdade de nós próprios na nossa vida».
O resto... é conversa!
24
Nov06

Liberdade de pensamento

eva
24 de novembro de 2006

Hoje lembrei-me da banda desenhada do Quino, a Mafalda.
Às tantas ele inventa a Liberdade, uma miúda pequenina que tem dificuldade em crescer.

É evidente a simbologia com a liberdade dos povos e nações.
Mas também é evidente a dificuldade que a maior parte de nós, individualmente, tem em fazê-la crescer dentro de nós.

Porque a liberdade não é só para os povos.
A liberdade, em nós, reflecte-se nos nossos movimentos e também nos nossos pensamentos.
Pois, os pensamentos são livres, se não se amarrarem a preconceitos, a tradições, nem a inovações por serem moda.

A liberdade de pensamento vai mais além do "poder pensar o que se quiser que ninguém reclama".
Para poder pensar livremente temos que nos poder distanciar do acontecimento. E dos sentimentos que as situações geram em nós e que são diferentes a cada momento da vida.

Porque evoluímos a cada instante em que vivemos.
A nossa transformação mental é constante como o bater do coração.

Portanto o pensamento é livre se o libertarmos.
Pela análise de todas as condições e situações que enfrentamos diariamente, nos momentos maus e bons. Depois de disciplinarmos as nossas primeiras vontades de reacção (ou impulsos) em resposta a cada situação.
Depois de resolvermos pela lógica e através do amor, por nós e pelos outros, os nossos problemas.

Então os pensamentos evoluem livremente para a solução que mais convém a cada pessoa.
O pensamento livre estará sempre ajustado à resolução correcta de cada momento da nossa vida.
23
Nov06

Melodias

eva
23 de novembro de 2006

Canções cheias de ritmo. Um ritmo acelerado, que dá vontade de seguir no resto do dia. Velocidade melodiosa que contagia nos afazeres rotineiros.
A música embala as nossas emoções, a nossa história - de hoje e de antes do hoje.

Tanta coisa que poderíamos ter feito.
E outras tantas que não deveríamos sequer tê-las imaginado, quanto mais fazê-las.
Desesperos ou harpejos fortes. Alegrias ou staccatos rápidos.

Há vidas cheias de músicas, jardins cheios de melodias.
O que importa é fazer dos nossos dias uma vida melhor em construção e lembrança.

Todos somos construtores do nosso edifício: a vida que temos.
Todos podemos vivê-la lamentando-a ou moldando-a à beleza e melodias que escolhemos para nós próprios.
Independentemente das dificuldades, sejam de saúde, solidão, dinheiro ou outras, podemos sempre melhorar os nossos dias.

Juntando aqueles pormenores que dão o "toque de classe" que nos permite até gostarmos mais de nós próprios por termos conseguido ser melhores, ultrapassando-nos nas dificuldades.
Dificuldades que, anos antes, se calhar não conseguiríamos enfrentar.
Todos os dias há um novo amanhecer e certo será que, um dia, haverá um amanhecer especial para cada um de nós.

Nesse dia o sol brilhará mais - só para esse - de nós todos.
E todos nos alegraremos por esse dia.
22
Nov06

Caleidoscópio

eva
22 de novembro de 2006

Uma pequenita olhava espantada para um tubo.
Punha-o colado a um dos olhos e fixava-o na areia da praia onde estava.
E olhava por ele para as pedras, e conchas e tudo o mais que apanhava a jeito.
Ia soltando exclamações. A mãe chegou-se ao pé dela, achou-lhe piada pelos gritinhos e afastou-se percebendo que eram de satisfação e não de choro.
O pai aproximou-se, por seu turno, e ficou com ela e com o seu entusiasmo.
Explicou-lhe então que aquilo era um caleidoscópio, ou seja, um tubo com vidrinhos coloridos que ele mesmo tinha feito para ela.
Esperava que efectivamente ela se espantasse. Ainda bem que também gostava.
- Oh, sim! Sim, sim...
Continuou o pai a explicação de modo simples, apontando o tal tubo para o mar, para a espuma, para o céu. Mas nunca o deveria apontar para o sol, porque brilha demais para os seus olhos.
Ela continuava encantada com tudo o que via com o tubo.
Não o largava e queria ver o que a rodeava com essas cores e desenhos.
Tude se alterava. As coisas mais banais ficavam cheias de formas geométricas e coloridas de modo diferente do que eram à vista desarmada.
O pai explicou-lhe ainda que ela poderia fazer isso mesmo sem o tubo. A tudo o que quisesse.
Deveria fechar os olhos. O que ela fez logo e ficou com cara de bolacha, como a mãe gostava de lhe chamar.
De olhos fechados, agora só tinha que ver as coisas com outra luz e outra dimensão.
Todas as coisas poderiam ficar pior ou melhor do que eram.
Só dependia dela e do modo como as quereria ver.
Com tubo ou sem tubo...
21
Nov06

Disciplina

eva
21 de novembro de 2006

Luzes, energias - tudo o que hoje nos envolve se resolve em luz e energia.

Dos electrodomésticos aos computadores, da electricidade à informática.
Por ondas ou por imagens, as nossas vidas dependem delas.
Os conhecimentos dos homens, nestes últimos séculos, foram incríveis em relação às descobertas e à capacidade de as transmitir e vulgarizar na rotina dos quotidianos.
Pela história das civilizações, temos nós também a noção de que apenas alguns puderam transformar, de modo positivo, o nosso dia-a-dia. As possibilidades de curas e tratamentos para tantas situações dolorosas que existem.

Apenas alguns dedicadamente estudaram e transmitiram o seu saber de forma simples e desinteressada.
Alguns foram capazes de observar o que acontecia na natureza e quiseram imitá-la numa utilização de recursos disciplinada pelo homem e suas necessidades.
Agora o que também se impõe é que os muitos que vivem distraídos e fechados em si próprios, se disciplinem e se concentrem no bem do próximo - esteja mesmo próximo ou um pouco mais afastado.
Hoje em dia é urgente pensar caridosamente nos outros e tentar renascer todos os dias com novo ânimo.

Assim como na natureza - onde tudo se renova todos os dias um pouco todas as semanas mais - todos os anos se renovam as vidas de cada ser.
Não é preciso morrer para renascer.
Todos os minutos são preciosos para atitudes renascidas de moral mais nobre.

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