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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

10
Set06

Luís de Camões # Quem quiser ver de Amor uma excelência

eva
10 de setembro de 2006

Quem quiser ver de Amor uma excelência
Onde sua fineza mais se apura,
Atente onde me põe minha ventura,
Por ter de minha fé experiência.
.
Onde lembranças mata a longa ausência.
Em temeroso mar, em guerra dura,
Ali a saudade está segura,
Quando mor risco corre a paciência.
.
Mas ponha-me a Fortuna e o duro Fado
Em nojo, morte, dano e perdição,
Ou em sublime e próspera ventura;
.
Ponha-me, enfim, em baixo ou alto estado;
Que até na dura morte me acharão
Na língua o nome e na alma a vista pura.

de Luís de Camões
in Obras Completas, Vol. I
 
 
09
Set06

A clareira

eva
9 de setembro de 2006

A vida por uma razão de viver. Um propósito na vida de cada um.
Uma vida de pressupostos para serem cumpridos.
Aparece um rio e as margens são diferentes, assim como a sua iluminação.
Este rio é subterrâneo e, perto da foz, sai da montanha por uma caverna de tecto rochoso e altíssimo.
Uma das margens está escura e cheia de florestas densas a toda a sua lonjura. Deste lado só perto da foz é que o arvoredo é menos denso.
Barqueiros de capote fazem a travessia e é visível o desagrado que têm no seu trabalho.
Tudo em redor é grossseiro e desagradável, até de cheiros. Mais parece uma zona pantanosa que um rio.
Chegamos a uma clareira iluminada por fogueiras.
Muitos dançavam ou cambaleavam aos pares. Pares que ora dançavam ora caíam no chão de terra batida.
Muitos risos e comentários. Ou seriam histórias a serem contadas.
Grupos de crianças, adolescentes e velhos esperavam, quietos, pela hora do transporte.
Os barcos e os barqueiros não chegavam para tantos e tínhamos pressa.
Resolvemos inventar uma estrada de luz e os grupos e todos os que quiseram, puderam caminhar pela sua própria viagem.
Da clareira para as suas novas vidas.
O dia que vai nascer.
08
Set06

O tempo

eva
8 de setembro de 2006

Repartições e papéis e papéis, para tratar, assinar, pagar...
Um casal jovem a braços com despesas. Despesas do dia, do mês.

Dos impostos, das licenças, da saúde. Da saúde dentária (ortodôncia, etc.) que estão sempre à parte nos seguros de saúde e outros tipos de sistemas.
E dobram as responsabilidades. E os dias parecem dobrar no seu carrego.
Os casamentos e as famílias que se formam são apanhadas nesta onda de deveres.
Os amores ressentem-se neste quotidiano sofredor.
Os olhos atiram pensamentos errados para outros e outros terceiros, quantos...

E os casamentos vão finando nas famílias.
Os jovens não reparam que tudo é passageiro.
Ainda não tiveram tempo para experimentar que tudo vai e volta - o bom e o mau.

Que a vida roda sempre, atraindo os desejos mais profundos.
Que o tempo da vida nem sempre coincide com o tempo que o desejo quer desejável.
Que o tempo só o tempo tem.
07
Set06

Saber

eva
7 de setembro de 2006

Outros planetas habitados - pois, talvez.
Mas habitados como, por que tipo de habitantes... etc. etc.
Hipóteses que nos conduzem a situações de humildade ante a grandeza do desconhecido.
Ainda há demasiado desconhecimento e um universo para conhecer. Para uns trata-se de conhecer, para outros de descobrir.
Muitos filmes, livros, reportagens tratam de assuntos deste teor dos modos mais variados.
Em todos eles, as pessoas vulgares são ignorantes do que as rodeia e da sua possível importância através do conhecimento.
Para este tema ou qualquer outro que se refira à capacidade intelectual do indivíduo obtemos o reflexo da vontade pessoal e das possibilidades escolares.
Desde os primeiros graus de escolaridade até ao saber livresco (hoje auxiliado pela internet) já no lar e aos serões de pantufas, é a vontade de saber e conhecer que dá o "toque" de diferença entre os indivíduos.
A diferença dos que seguem conversas de rua como tema primordial das suas vidas.
E os outros que querem saber da sua origem, além do pai e da mãe, e da Terra onde nasceram.
06
Set06

Pormenores

eva
 6 de setembro de 2006

Na cozinha a azáfama de comidas mais apetitosas e arranjadas de modo mais vistoso para as visitas.
Ora esperam, ora entram e saem da cozinha na ânsia de chegarem todos à mesa.
As conversas são sobre todos os temas que se desejam, mais os que se lembram.
Convívio algo intermitente entre o falar, fazer, ouvir, ver e andar de um lado para o outro.
Querendo saber as novidades todas, mesmo as que não são já novidade.
Sorrisos, pensares, passeios e visitas prometidos para o futuro.
Abraços apertados cheios de amizade e carinho.

É muito bom criar e manter laços de bom relacionamento entre as pessoas.
O longe ou o perto são pormenores. Os momentos bons da vida são para recordar.
As coisas boas da nossa vida deveriam plantar-se como sementes e cuidá-las na memória com muito carinho para que se desenvolvam ainda mais em novas ocasiões.
Uma renovação constante do fútil no interessante.
Na valorização do verdadeiro sentir-se bem com os outros.
05
Set06

Projectos e realidade

eva
5 de setembro de 2006

Um lago está ali no meio do vale, entre as serras altas cheias de neve.
A água está gelada. A paisagem é fria, parada no tempo, mas grandiosa na sua beleza

e esplendor.
O sol da Primavera virá, como todos os anos, e a paisagem vai tornar-se rica em cores.

Em tons e sons alegres de vida.
Das vidas que recomeçam, que renascem em si mesmas para novas possibilidades.
Novas felicidades (ou infelicidades) são construídas em constante reestruturação de passados.
Projectos no futuro são sonhados primeiro, pensados ardentemente depois.
Então a realidade vai ao seu encontro e a alegria de algo novo faz brilhar a terra e os céus.

O belo renasce a cada passo do bem e da felicidade.
Um arco-íris de caminhos que podem ser seguidos conforme a condição a ultrapassar - a direcção, o perdão, a paz interior, o amor, a saúde, a transformação, a integridade e a sabedoria.
04
Set06

A espera do amor eterno

eva
4 de setembro de 2006

Uma mulher bonita apesar dos cinquenta e tais anos. Roliça e sempre tão arranjada de cabelo, maquilhagem e roupa, que parece sempre mais elegante.
Um homem alto espera-a ao longe, com paciência. E ela demora-se.
Demora-se em ilusões algo fanáticas de ser a tentação de outros maridos. Ou maridos de outras.
Demora-se na tentativa de intrigas entre amigos.
Demora-se em mézinhas irracionais.
Demora-se nos tratamentos que depois necessita para se desembaraçar dos resultados das mézinhas que elaborou.
Demora-se ainda mais a ser "imensamente" agradável ou vítima de pequenos-grandes problemas ou na aparência de desamparo e solidão.
Demora-se também muito nos olhares equívocos.
Mas ele espera ainda com mais paciência e tolerância. Pede ajuda sem nada pedir.

Oferece-lhe o seu braço amigo e o seu amor eterno.
Ela começa finalmente a vislumbrá-lo mas o seu caminhar não é muito fácil.
O problema é que a verdade está no seu encalço e o seu próximo caminhar vai ter que ser honesto e verdadeiro consigo mesma.
Ele já lhe consegue acenar.
Ela finalmente decide ir nessa direcção.
Felicidades!
03
Set06

Teilhard de Chardin # O Meio Divino

eva
3 de setembro de 2006

O processo que seguiremos na nossa exposição será muito simples. Visto que, no campo da experiência, a existência de cada homem se divide adequadamente em duas partes, a saber, o que ele faz e o que ele sofre, focaremos alternadamente o campo das nossa actividades e o campo das nossa passividades.
... ... ...
Das duas metades ou componentes em que se pode repartir a nossa vida, a primeira, pela sua importância visível e pelo valor que lhe atribuímos, é o campo da actividade, do esforço, do desenvolvimento,. Como é sabido, não há acção sem reacção. Também é sabido que não há nada em nós que na sua origem primitiva e nas suas camadas profundas não esteja, como diz S. Agostinho, «in nobis sine nobis» : (em nós sem nós).
Segundo parece, quando actuamos com mais espontaneidade e vigor, somos em parte levados pelas coisas que julgamos dominar. Além disso, a própria expansão da nossa energia (por onde se atraiçoa o núcleo da nossa pessoa autónoma) não é no fundo senão a obediência a uma vontade de ser e de crescer, cujas variações de intensidade e cujas infinitas modalidades não dominamos. No começo da segunda parte voltaremos a tratar das passividades essenciais, umas imiscuídas no cerne da nossa substância, outras difundidas na acção vária de conjunto das causas universais, a que nós chamamos «a nossa natureza», ou «o nosso carácter», ou «a nossa boa ou má sorte».

de Teilhard de Chardin
in "O Meio Divino"
.
Outros textos desta obra nestas ligações : 2007 - 2008
.
 
 
02
Set06

Tempo de férias ?

eva
2 de setembro de 2006

Sol, mar e férias. Uma ligação auspiciosa como poucas e que geralmente demora um ano para a realização.
Entretanto surge uma sala cheia de gente que quer seguir a estrada da sua felicidade.
Contudo, esta situação requer - de cada um - que comece por procurar e encontrar essa sua estrela em si próprio.
Depois cuidá-la com todo o carinho que puder e então projectar essa personalidade, agora mais sensível e amorosa, a tudo o que rodeia, ao seu dia a dia.
Na praia está um miúdo com um problema na garganta. Parece obstruída, ou colada ou... nem sei. Tem que ser observado melhor.

Bem, agora já deve dar para perceber. Não é espinha, nem quisto, nem colada - está cosida com linha e nós e tudo.
Quem faria isto a um miúdo pequeno...
Talvez um dia seja a bondade sem limites a impôr os limites do bom-senso, dignidade e respeito dos semelhantes.
E, como num paraíso, viveremos felizes para sempre.
01
Set06

Os herdeiros

eva
1 de setembro de 2006

Jogos de sociedade. De sociedade política.

Jogos de famílias influentes e de influência nas famílias.
É nestas alturas que nasce sempre um "rebelde" e volta tudo ao zero.
Dinheiros mal gastos e perdidos, arrogâncias e zangas disparatadas.
A seguir, o novo erguer ou o dividir e afastar uns dos outros.
Nesta roda viva que é afinal uma roda de vidas, há sempre um núcleo que perdura - a família.
Entre casamentos e divórcios de pessoas, mas também de ideologias, movem-se gerações e os séculos passam rápido.
O casamento e os filhos em descendência, são sempre o início e a célula que deve ser preservada.
Depois da paixão, o amor vai fortalecendo os laços entre os esposos, sendo que das amarguras ultrapassadas em conjunto, ou ajudando-se um ao outro conforme podem, sai a força magnética de um amor e felicidades.

Força essa que se torna mais poderosa nas boas qualidades e no progresso moral da família que partilha a mesma casa.
E herdeiros do bem, serão herdeiros do bem por vir.

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