Adultos
Mais um dia de praia. Areia limpa, chapéus de palhinha, toldos e chapéus de sol. Espreguiçadeiras por toda a praia.
Rampas abertas para as embarcações de praia e que alguns barcos aproveitam.
Ao longe os batéis e barcos de pesca. Na praia, três ou quatro famílias a gozar férias ou folgas do meio da semana.
Que sossego. Água a subir no encher da maré. Areia branca em água transparente, a ondular levemente.
As ideias voam. Voam para a escola onde estão os filhos. Será que levaram tudo na lancheira... e os fatos de ginástica estariam bem... pareciam curtos... os ténis desatados ainda os fariam tropeçar, mas agora gostavam assim...
Ali aquele menino fazia lembrar o seu, quando mais pequeno. Crescem tão depressa... tanta coisa para fazer e dizer... que fica a pairar no tempo.
As escolas, melhor ou pior, vão aculturando os jovens "homens de amanhã".
A outra questão é que isso significa falta de evolução na segurança.
Como dotar as crianças de moralidade, se os adultos não lhes conseguem garantir, nem sequer dar exemplo, dessa condição?
Que dose de ideias civilizacionais pode a escola dar que equilibre as famílias mais pobres de sentimentos?
Que adultos somos todos se não dermos o exemplo do que criticamos e exigimos?
Felizes os que conseguem ultrapassar estas situações. Felizes os que se cruzam com estes.