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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

31
Mai06

As árvores continuam a

eva
31 de maio de 2006

As árvores continuam a ser destruídas.
As crianças continuam a ser utilizadas.
Os resíduos continuam a intoxicar o ambiente.
Dizem que quando não compreendemos o "outro lado", o melhor seria colocarmo-nos nesse outro lado e tentar perceber as razões.
Mas eu só percebo um interesse desmedido ( mesmo sem medida! ), um lucro. E um lucro fácil.
Agora caminho no meio de uma floresta.
Crianças lindas, verdes como as folhas das árvores brincam às escondidas entre elas, as árvores e o sol, que teima em acusar com a sua luz o esconderijo que elas vão arranjando.
Finalmente vêem-me. Espanto geral - não porque elas me vejam.
Mas porque percebem que eu as vejo.
Não perdem tempo e querem continuar a brincar também comigo.
São lindas! Como é possível tratá-las mal. Mutilá-las até.
As pessoas são também animais - respondem alguns.
Os ramos balançam. As crianças agora voam, alegres e rápidas.
O sol aquece mais o ar. O mesmo ar que todos respiramos.
A brisa sopra e diz-me para confiar nos tempos próximos.
Para manter a alegria.
Que seja esperança.
Esperança sempre.
Que a luz do sol ilumine os homens e aqueça os seus corações.
30
Mai06

Um minuto e a vida.

eva
30 de maio de 2006

Um minuto e a vida. Eis uma relação algo misteriosa.
Para uns, a vida corre num minuto e querem mais.
Porque não fizeram tudo o que pretendiam.
Mas ainda não sabem, também, se queriam mesmo fazer o que pretendiam.
Para outros, um minuto é a vida inteira.
Cada instante é aproveitado como se fosse o último instante de vida.
Muita loucura, muita coragem. Muita ansiedade, alguma serenidade.
Quando temos a vida nas mãos - a nossa vida - o tempo para a viver altera-se completamente.
A luz detém a cor das cores. As melodias, os sons mais nítidos.
As canções trazem poemas até nos "gemidos sonoros", na ilusão da rima.
Mas as pessoas parecem penduradas no ar.
Os mais chegados, não. Esses sorriem especialmente para nós, de modo cúmplice.
Às tantas, somos nós que nos elevamos no ar, afastando-nos do mundo habitual.
Chegados aí estamos a braços com a realidade e o que parece.
Enfim, outra versão do "ser ou não ser".
São os nossos, que estão connosco dia após dia, que fazem essa diferença.
Vejamos... são um pouco de nós e nós, um pouco deles.
29
Mai06

Pálida, sonâmbula no corredor

eva
29 de maio de 2006

Pálida, sonâmbula no corredor sem fim entre o quarto e a porta.
Tudo branco - roupas, paredes, portas. Até os chinelos.
Os remédios entorpecem e dão muito sono.
Demasiada sonolência. As mãos e os pés parecem em câmara lenta. Às vezes estão longe.
Mas percebe o que se diz. A ela não dizem nada. Ou então, nada que lhe interesse.
Queria ficar boa e sair dali. Até lá nada interessa.
Nada tem valor. Nada a apreocupa também.
Comida e remédios. E sono. Ahhh! tanto sono.
Será dia ou noite?
E o corredor continua porque é só virar-se e recomeçar noutra direcção.
Sempre junto à parede ou ao corrimão.

Foi o que lhe ensinaram porque senão pode cair.
Vão deitá-la. Deve ser noite.
A cama é boa, pode descansar as pernas. Está tão cansada.
Dizem que já é dia. E o pequeno-almoço... e o banho...
Pronto, já pode ir para o corredor outra vez.
Mas hoje apetece-lhe sonhar que vai andar no céu, entre as nuvens.
E não vai tomar os remédios, mas vai respirar fundo.

Sorver o ar a plenos pulmões.
Se calhar, consegue voar entre nuvens.
São macias e frescas.
Tão brancas...
27
Mai06

Dores, mazelas. Aflição e

eva
27 de maio de 2007

Dores, mazelas. Aflição e esperas.
Medidas sem a medida que a razão desconhece.
Sendo o desconhecimento - a ignorância das virtudes.
Importa entender, conhecer melhor. Assimilar os conhecimentos até fazerem parte de nós.
Construírem a nossa realidade. A nossa própria verdade.
Atingir o estado de serenidade perante a vida.
As suas dores e mazelas, mas também as suas alegrias e descanso.
Trabalhos e sonhos em harmonia.
Como a melodia e o ritmo. Juntos formam uma música.
Deste aperfeiçoamento sai a qualidade precisa para que a sua união seja uma verdadeira unidade.
Assim também da vida - a eternidade.

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Quando o amor
é incondicional
A serenidade
é harmonia plena
E a partícula então
é uma unidade universal
26
Mai06

Sou crente em Deus e

eva
26 de maio de 2006

Sou crente em Deus e peço-lhe muitas coisas.
Talvez em demasia. Sei lá.
Peço que seja digna da benção de viver esta vida, porque ela é uma oportunidade de ser melhor.
Peço que possa ser um instrumento de paz e amor.
De perdão e tolerância.
De fé, esperança e harmonia.
Do conhecimento da sua integridade, verdade e equilíbrio.
Peço que as minhas acções não prejudiquem os outros seres vivos com que me possa cruzar.
Peço que os meus pensamentos sejam sempre melhorados no burilamento dos anos vividos. Em experiências difíceis, mas também muito felizes.
Peço que haja mais para compreender que ser compreendida. Mais para amar e apaziguar que ser amada.
Peço pela harmonia e equilíbrio entre o homem e a natureza.
Peço pela abundância de comida e água para todos os povos.
Pela saúde física e mental de todos.
Peço que o homem se reconheça como homem de bem e de bem promover na vida alheia a felicidade que gostaria para si próprio.
Ámen.
25
Mai06

Pareciam um barco de papel

eva
25 de maio de 2006

Pareciam um barco de papel no lago.
Mas eram flores em base de jasmins na água prateada do mar.
Boiando, sem ondas, tranquilamente, afastavam-se da praia.
Na direcção do sol no horizonte.
Os reflexos da luz do sol iluminavam-nas. Transformavam-se os verdes e as cores variadas em tons azul celeste e prata.
A água era azul com rastros brancos, cheios de brilho pela acção do sol, agora mais alto.
Creio que poderia adormecer com esta imagem, na esperança de temperar os meus sonhos com esta luz.
Gostaria que esta luminosidade azulada e serena abrangesse o planeta. O mundo.
Traz significantes de paz, harmonia, integridade.
É isso! Faz que tudo, o todo diferenciado, seja unido.
Unificado numa só vontade - integridade.
Quantos valores poderiam ser ultrapassados. Outros procurados.

Descobertos, até, tornando-se imprescindíveis.
Atingir o ponto zero para recomeçar com escolhas mais pausadas.
Mais fortes e seguras de que, contra as tempestades, o caminho é a rota desenhada pelo próprio eu.
Um eu que emerge como um repuxo cristalino.
E a força de um sol na própria vida.
24
Mai06

Fome, cólera. Já nem falo na

eva
24 de maio de 2006

Fome, cólera. Já nem falo na pobreza extrema.
Pobreza física e sacrifícios sem descanso.
Crianças com olhos esbugalhados, barrigas dilatadas, ossos "à vista".
Dou-lhes papas de arroz, bolinhos e pequenos pães.
Leite e água límpida precisa-se também.
Às mães - frutas, legumes, cereais e papas.
Precisam comer bem para ter leite para os seus filhos bebés.
Animais e crias, mais além na terra seca, também querem água e folhas verdes.
Tudo tão seco. Até o ar sufoca.
As tendas do hospital possível estão cheias de crianças doentes e mães chorosas.
Outros filhos puxam pela roupa e, ora querem sair dali, ora querem ficar com os irmãos.
Angústia em todos os olhos.
Peço ou rezo para que todos os povos possam progredir no conhecimento de um Deus, ou Alá, ou Buda, ou... etc.
No conhecimento de leis morais mais justas e amorosas.
No conhecimento do saber como se aliar à natureza e dela extrair as suas necessidades de alimentação, cura, higiene e bem estar com a vida.
No conhecimento de tornar as suas vidas tão significantes quanto possível da sua salvação.
Aparece uma das crianças - agora de aspecto saudável e alegre.
Uma flor para ti e para Deus.
23
Mai06

Coração de mãe. Muitos corações.

eva
23 de maio de 2006

Coração de mãe. Muitos corações.
De dentro do coração, outros saem.
E voam brilhando e volteando nos céus.
À sua volta, flores. Dezenas de flores volteiam os corações.
O coração de mãe é único. Isto é, é de todas as mães.
Como o coração de pai é de todos os pais.
São gerações de dádiva. De bençãos e deveres.
E oh! como eles latejam e vibram com a felicidade dos filhos.
Mas também sabem chorar.
Lágrimas que correm em rio, sem ruído. Sozinhas.
Formando correntes de força. Orações de força pela piedade e abnegação do pedido.
Persistência na esperança que se transfere para uma fé crescente.
E a fé da crença é agora uma fé que reflecte desejo.
Desejo que se transfere também para a serena realidade que se enfrenta.
A acção é agora outra reacção.
A angústia cede à harmonia.
O céu é mais azul; a água mais pura.
A terra cheira outra vez a flores.
O coração adormece devagarinho.
Tudo se acalma.
A felicidade vem.
Por vezes de outro modo.
Inesperadamente nova.
22
Mai06

Zangados, desconfiados,

eva
22 de maio de 2006

Zangados, desconfiados, precipitados nas conclusões. Ofensivos até entre eles.
Enfim, um dia desagradável, talvez.
Logo pela manhã, dor de cabeça e preguiça quanto baste.
A seguir as pressas do atraso evidente mais o trânsito que não ajuda nada. "Nadinha"!
Toda a gente parece estar na mesma onda de agravo e desagravo.
Temos que reagir pois senão a situação alastra.
Olha, que passarito engraçado naqueles pulos ou a esvoaçar pulando. Não percebo bem.
Deve estar nas tentativas de primeiros vôos.
Ouvem-se discussões. Hoje todos parecem zangados.
Parece-me mais útil observar os pássaros.
Eles, pelo menos, estão entretidos em assunto útil - aprender a voar.
Bom, e a cair - aos tropeções e com mais ligeireza. Ena... já voa.
Aí está o que preciso agora - tentar melhorar o meu dia. Torná-lo mais ligeiro e agradável.
Mais silencioso também. Pelos outros e para calar esta voz desordeira do meu eu.
O pequenito já voa para os galhos entre as árvores.
Ai, que calor que está chegando ao meu rosto.
O sol já vai aquecendo. O corpo e a alma, que vão serenando.
E o passarito já desenha curvas no céu.

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