Chamamento
- lá… olha… e adeus!
- Hã?! Então, onde vais?
- Vou embora, porque já sei em que vou trabalhar.
- Ora aí está uma coisa que eu ainda não sei.
- Bem, isto é, é necessário que financeiramente se possa escolher a nossa predileção.
- Pois, pois…
- Mas no meu caso é gratuito e por isso não há qualquer problema em juntar esta atividade a qualquer outra.
- E qual é essa misteriosa tarefa?
- É usar da caridade para quem precise, mais exatamente, uma sopa dos pobres.
- Hã?!
- Isso mesmo, vou juntar-me aos grupos que contribuem para uma refeição diária, pelo menos, para os sem-abrigo.
- Os que andam pelas ruas?
- Tal e qual!
- Mas sabes que muitos desses são encapotados, porque podem, e muito bem, viver na sociedade, só que escolhem a mendicância como modo de vida…
- Sim, sim. Mas esses são apenas um punhado deles. Os outros são verdadeiros necessitados de pão para sobreviver, mais as famílias e…
- E isso é tarefa dos governos, que é para esses e todos os sistemas públicos que se pagam os impostos. Ou não é?
- Seria assim, mas na realidade não é! E eu, pela minha parte, vou contribuir com o que posso fazer para melhorar o meu irmão ao lado…
- A cada um…
- Exatamente, a cada um a sua tarefa. Há sempre muito a fazer em caridade pelos outros.
- Queres dizer, em caridade humilde pelos outros?!
- Sim, não vou fazer propaganda nem vangloriar do que farei…
- Talvez ainda me junte a ti…