Do coração
Todos temos um coração que, além da máquina que purifica e reflui a capacidade sanguínea do corpo, terá capacidades emocionais e sentimentais na sua câmara íntima, que nos habituamos a localizar nesse órgão físico.
Esta acepção dá-lhe condições para estabelecer ou uma negação de promover a felicidade do ser por mesquinhez, amarguras, ódios e enaltecimento do orgulho através de vinganças, ou uma amplitude regeneradora por carinho, benevolência, esquecimento voluntário de pretensas ofensas através da humildade e amor.
- Tudo isso num órgão tão pequeno do corpo?
- A verdade é que se diz, popularmente, que alguns há que pensam com o coração. Isto só é óptimo se o coração já reage bem, essencialmente à humildade e ao amor. Mas se reage a outras emoções tais que amesquinham os sentimentos mais sublimes – é uma catástrofe para a personalidade desse ser.
- Qual é a impressão que causa? É falta de paz interior?
- É falta de paz no coração e na mente, é um desassossego que, aparentemente, pode acalmar por concentração excessiva em objectivos de vingança ou em depressões amarguradas sobre a personalidade. Nem uma nem outra situação permitem o desabrochar do coração em flores de emoções construtivas e alicerces de sentimentos para o fortalecimento pessoal.
- Em termos práticos, não é feliz…
- O indivíduo não se sente feliz e não será capaz de estabelecer uma vida familiar feliz – a célula do relacionamento social – porque não pode partilhar com outros o que não tem para si próprio.
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Disse John Ruskin: Nós podemos conquistar a nossa paz ou comprá-la. Conquistamo-la resistindo ao mal; compramo-la aceitando um compromisso com o mal !
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