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Escritos de Eva

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Eva diz o que sonha (e não só) sem alinhamento a políticas ou crenças conformes às instituições que conhecemos. Momentos de leveza, felicidade ou inspiração para melhorar cada dia com bons pensamentos. Um texto, uma imagem... para todas as idades

Escritos de Eva

03
Out09

Cada um é

eva

Instalamo-nos depois de férias e instalamos as nossas rotinas, que facilitam a nossa memória, raciocínio, a organização de horários e das tarefas diárias sem problemas de maior.
Voltamos a tratar da nossa casa, a percorrer os mesmos caminhos, a comprar as mesmas coisas nos mesmos sítios, a encontrar e cumprimentar as mesmas pessoas – e gostamos desses reencontros com pessoas e tarefas que perfazem os nossos tempos pessoais, familiares, sociais e laborais.
Igualmente é útil mantermos a mente preparada para novos conhecimentos, novos percursos, novas tarefas e novos horários – enfim, novos projectos.
Porque a rotina e a novidade devem formar partes intrínsecas em nós, mantendo-nos tão despertos para a vida quotidiana quanto o necessário e saudável.
Deste modo não seremos, e nem nos sentiremos, ultrapassados pelas novas gerações de gente, tecnologia e hábitos sociais. Pelo contrário, formaremos conluio activo com tudo o que nos rodeia.
Mas devemos ter em atenção o partilhar também as nossas experiências e saberes com os mais novos, assim como as novidades da actualidade, sem cansar com as recordações nem conselhos paternalistas.
É útil que cada um sinta o descobrir de novos mundos no seu mundo, com autoria própria e possa um dia recordar a dignidade de quem já o sabia, antes dele próprio, e de lho ter demonstrado com o seu exemplo honesto.
- E então: cada um é! - Cada um pode, sempre, descobrir em si o que já é e descortinar tenuemente o que poderá ser…

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Salvador Dali - A Caravela
Imagem retirada da net
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Disse  George Eliot:  Nunca é tarde para sermos o que poderíamos ter sido !
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20
Mai09

Velhice

eva

Um deles queria estar só, o outro queria companhia e movimento.
Os dois estavam velhos e viúvos, mas as suas reacções eram exactamente contrárias.
Idades e relacionamentos semelhantes e, no entanto, têm quereres tão diferentes.
Os dois sentem igualmente a solidão. A reacção à solidão é que difere de um para o outro.
Para um, é preferível maior isolamento e, para o outro, o isolamento é uma gastura de emoções insuportável.
Para os dois, os dias são longos e as noites mal dormidas. As refeições são uma maçada e a dificuldade nos movimentos é cada vez maior.
A idade avança, mesmo assim, sem problemas de maior monta.
O que avança a passos largos é a depressão e o desinteresse perante a vida, outrora tão rica e hoje tão vazia.
No meio dos afazeres que, constantemente, vão arranjando, imiscui-se o tédio, criando neles um lugar, cada dia, mais confortável.
Os semblantes alegres tornaram-se passivos e, talvez, apáticos.
Poderiam fazer muito mais se os olhos colaborassem, mas até a visão se enevoou com o cansaço dos anos.
- Nem a televisão lhes interessa mais…
- Afinal, prolonga-se apenas a vida e algum bem-estar.
- O problema maior surgiu com a situação de viuvez que, em idade bem contada, deixa a vida demasiado vazia.

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Imagem retirada da net

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Disse  George Sand:  Cada um tem a idade do seu coração, da sua experiência, da sua fé !

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24
Jan09

Oratória

eva

- Ele fala muito bem, de modo agradável e dispõe bem.
- Mas não diz nada de importante, nem sequer é original nos temas que traz.
- Isso é verdade, mas diz o que gostam de ouvir.
- E… parece tudo tão supérfluo…
- Para uns é supérfluo, mas para outros funciona como um acordar por despertador. Acordando e trazendo à baila assuntos que passaram despercebidos numa primeira instância.
- E esses interessados são assim tantos?
- Pois são, até são a grande maioria dos que reagem com agrado ao que se disse e são os que mantêm a atenção até ao fim.
Nas conferências, como em todos os lugares de oratória, assume razoável importância falar de assuntos por que a maioria se interesse. Seguidamente, o falar em tom de voz e ritmo agradável q.b., sem pausas – que interrompem e distraem – gera simpatia. Finalmente, dizer as soluções que todos querem ouvir, mesmo que não solucionem nada, também agrada q.b.
- Isso parece o angariar de votos…
- Talvez, mas a assistência gosta e aplaude.
- E sabem, por acaso, a que é que estão a aplaudir?
- Sabem que aplaudem a sua própria opinião dita, por outrem, de modo mais bonito e interessante. E sabem, ainda, que a sua opinião é partilhada por alguém que julgam mais importante que eles próprios.

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Imagem retirada da net

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Disse  George Eliot:  Bendito seja o homem que, não tendo nada para dizer, se abstém de o demonstrar através das suas palavras !
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04
Fev08

Os problemas

eva
Todos temos problemas, sejam os vulgares do dia-a-dia, sejam os mais ou menos graves, implicando maiores ou menores sacrifícios.
As questões que podem colocar-se são também variadas.
Mas, regra geral, os nossos problemas são menos ou mais difíceis de superar conforme a nossa capacidade para os resolver ou para conseguir ultrapassá-los.
A capacidade para simplesmente os resolver é mais fácil. Sobretudo se envolvem dinheiros e prazos pois é evidente que ter o dinheiro para pagar no momento certo é bom e recomenda-se.
Mas neste, como em todos os casos, é a nossa capacidade de os enfrentar que os torna incomensuráveis ou ténues.
Quantas vezes, geralmente depois de conseguirmos ultrapassar as situações, vemos pormenores que antes não tínhamos sequer suspeitado. Nem da sua importância nem da sua existência sequer.
E esses pormenores poderiam ter feito a diferença da solução.
Muitas vezes nem sequer teríamos de os ter suportado sózinhos.
Quantas vezes nos admiramos de ver portas que se nos fecham na cara quando mais precisamos ou, pelo contrário, mãos inesperadas de boa vontade que se nos estendem.
E quantas vezes foram essas mesmas pessoas esquecidas por nós.
Passado o tempo ajustado para ver com discernimento aquilo que nos emocionou, ou exaltou ou preocupou excessivamente, percebemos que poderíamos ter resolvido tudo de outro modo, mais pacífico e confiante.
Confiante de que cada um tem o peso das dificuldades que pode suportar.
Porque o excesso de peso somos nós que o criamos.
Paciência em suportar o menos bom e serenidade para dourar a esperança em dias melhores, são os melhores remédios e antídotos.
Mas o sofrimento sente-se sempre.
Só não atinge o desespero.
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Edvard  Munch

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Disse George Moore : há sempre um modo correcto e um modo errado. O modo errado parece sempre mais razoável ! 
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