Cada um é
Instalamo-nos depois de férias e instalamos as nossas rotinas, que facilitam a nossa memória, raciocínio, a organização de horários e das tarefas diárias sem problemas de maior.
Voltamos a tratar da nossa casa, a percorrer os mesmos caminhos, a comprar as mesmas coisas nos mesmos sítios, a encontrar e cumprimentar as mesmas pessoas – e gostamos desses reencontros com pessoas e tarefas que perfazem os nossos tempos pessoais, familiares, sociais e laborais.
Igualmente é útil mantermos a mente preparada para novos conhecimentos, novos percursos, novas tarefas e novos horários – enfim, novos projectos.
Porque a rotina e a novidade devem formar partes intrínsecas em nós, mantendo-nos tão despertos para a vida quotidiana quanto o necessário e saudável.
Deste modo não seremos, e nem nos sentiremos, ultrapassados pelas novas gerações de gente, tecnologia e hábitos sociais. Pelo contrário, formaremos conluio activo com tudo o que nos rodeia.
Mas devemos ter em atenção o partilhar também as nossas experiências e saberes com os mais novos, assim como as novidades da actualidade, sem cansar com as recordações nem conselhos paternalistas.
É útil que cada um sinta o descobrir de novos mundos no seu mundo, com autoria própria e possa um dia recordar a dignidade de quem já o sabia, antes dele próprio, e de lho ter demonstrado com o seu exemplo honesto.
- E então: cada um é! - Cada um pode, sempre, descobrir em si o que já é e descortinar tenuemente o que poderá ser…
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Disse George Eliot: Nunca é tarde para sermos o que poderíamos ter sido !
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