Paralelo inacabado XI
Um átrio ao ar livre e várias divisões de uma casa dão para ali. O átrio está isolado do exterior por muros e paredes dessa casa e por um portão enorme.
A disposição está engraçada, em semicírculo, e atrás das primeiras paredes são ainda as traseiras ou um quintal.
Faz lembrar as herdades e quintas, mas é apenas uma vivenda pequena.
É mesmo muito pequena, mas está muito bem pensada e torna-se airosa nessa pequenez.
Formou-se um pequeno grupo de pessoas, que foram chegando aos poucos, e ficamos todos ali, no tal átrio empedrado.
Vieram abrir o que se deduziu ser a porta principal ou de entrada.
Vê-se um corredor com azulejos nas paredes. Fomos todos andando até chegar a uma sala ampla.
Entretanto, de um pequeno gabinete, mesmo antes da sala, perguntam o nome a cada um.
Ultrapassado este tempo de identificação conseguimos entrar na tal sala ampla.
Aí temos que esperar e, à medida que as horas vão passando, começa a manifestar-se a inquietação de indivíduo a indivíduo.
Mas não há ninguém para indagar, há apenas a possibilidade de sair por onde entramos.
E, a pouco e pouco, é o que todos vamos fazendo – vamos saindo.
O portão está fechado, mas tocando numa campainha perto dele, alguém o abre. Todos saímos dali.
E, então, parece que vamos acordando porque olhamos admirados uns com a presença dos outros.
Ah! Mais admiração ainda – por termos ido ali ter. Nenhum de nós conhecia aquilo.
- Em boa verdade, ninguém ficou a saber o que era.
- Pois…
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Imagem retirada da net
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