A musicalidade íntima
Buzinadelas e travagens bruscas e ruidosas. O trânsito habitual e os sons característicos deste tipo de movimento.
Depois há a música. Quando dizemos música referimos sons melodiosos, com ou sem voz a acompanhar.
A questão é que os postos ou músicas são escolhidos mediante os gostos do condutor e quem conduz a velocidades desusadas, geralmente tem a aparelhagem do carro ligada.
Parece que é isto que acontece e que as coisas estão interligadas com os reflexos, porque os instintos estarão atordoados ou enaltecidos e vibrantes conforme as músicas escolhidas.
Seja na condução ou não, a maioria das vezes somos nós que escolhemos, seleccionando cuidadosamente os ambientes musicais em que nos movimentamos e vivemos.
Se essa selecção de sons for criteriosa, podemos, através deles, amenizar ou exaltar o melhor e o pior de nós, ou o que queremos para nós.
Por isso, conseguem-se tratamentos de cura ou acelerar processos de patologias latentes.
Vivemos em épocas de rotações contínuas, ou de progresso muito rápido, no tempo comum que nos habituamos a estabelecer – horas-dia-noite-meses-anos.
A instabilidade pessoal pode ser tratada, ou enaltecida, tanto por outros como pelo próprio.
A musicalidade íntima deve ser descoberta (e pôr a descoberto) e pode ser explorada a favor de si próprio.
- Assiste-se a constantes anúncios de boa-sorte ou felicidade instantânea. Mas a maioria não entende que a questão é nada poder ser modificado de modo tão instantâneo. Por muito rápido que gire o mundo à nossa volta, a revolução da sorte em nós não é assim…
- Porém, esses anúncios têm a vantagem da esperança que criam no indivíduo que os procura. E, antes ou depois desse lampejo de esperança, pode iniciar-se a auto-modificação da personalidade que não se adapta ao mundo que enfrenta constantemente.
- Esperança sim. Objectivos de cura, sim. Objectivos de melhoria da própria personalidade, sim. O resto…
- O resto vem depois, devagarinho. Timidamente emergirá, então, um novo modo de viver com sabedoria.
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