A personalidade pacificada
Chás e cafés. Chocolates e sumos. Bebidas de todos e para todos.
Porque estamos em tempo de paz e podemo-nos sentar calmamente para nos aquecermos deste Inverno frio.
Porque não temos guerras nem guerrilhas. Porque ainda temos paz!
Era bom que a soubéssemos valorizar e não tomá-la como uma condição adquirida.
Era bom que a soubéssemos conservar, porque ela é efémera, como tudo o que temos.
Era bom que a privilegiássemos também nos nossos relacionamentos mais íntimos e pessoais.
A paz não é só entre governos ou política, ela é elaborada por nós no nosso modo de pensar.
Em vez de criticarmos e respondermos acirradamente, talvez seja possível amenizar a resposta e, com o tempo, quem sabe se não seremos capazes de transformar uma resposta à letra e rude em resposta portadora de apaziguamento e harmonia.
Com simplicidade e sem esforço. Com franqueza e não por sujeição de interesses.
Por amor fraterno e não por submissão.
A paz que temos é a paz que somos.
E isso não quer dizer que se valorize a indiferença ou falta de opinião.
Tanto uma como outra devem ser evitadas, pois devemos ser lúcidos em tudo o que nos diz respeito.
A personalidade pacificada é o produto de uma personalidade burilada nos problemas e nas alegrias, nos conceitos e na abertura para novas ideologias.
Então, a paz assim conseguida acompanha-nos até ao fim.
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